Convento de Santa Clara (Santarém)
A Igreja de Santa Clara constitui um dos monumentos mais emblemáticos do gótico mendicante da cidade de Santarém, situando-se na proximidade do Convento de S. Francisco, outro exemplar marcante deste estilo arquitectónico. A igreja é a parte remanescente do antigo convento das clarissas, aqui estabelecido em 1264. Actualmente, encontra-se rodeada por um amplo espaço, onde antes se encontravam as dependências conventuais, demolidas no início do século XX, e nas quais se incluía um claustro maneirista. O edifício está classificado como Monumento Nacional desde 1917.
A Igreja de Santa Clara está situada num dos termos de Santarém, numa zona que ficava fora das muralhas. É um templo do século XIII, mandado construir por D. Afonso III (1248-1279) para a sua filha D. Leonor Afonso, que aí professou.No século passado, durante os anos 40, sofreu um polémico restauro que a despojou completamente de todos os elementos decorativos, perdendo-se para sempre um pouco da história artística e da evolução espacial do templo durante várias gerações. No entanto, recuperou a austeridade das regras da Ordem de Santa Clara. De notar que não existe porta na fachada da igreja, cujo acesso é apenas possível pela porta lateral. Esta particularidade deve-se ao facto de ser uma ordem de clausura sem contacto com a população.Na arquitectura, segue os cânones do gótico mendicante: três longas naves de oito tramos, transepto saliente e cabeceira com cinco capelas adjacentes. No topo Norte a grande rosácea gótica, que ajuda a iluminar o interior, é sobrepujada por um escudo com as armas reais. As antigas dependências conventuais foram completamente destruídas.
Museu Municipal de Benavente
O Museu Municipal de Benavente encontra-se instalado num palacete do século XVIII, mandado construir por Francisco José Colaço Lobo, antigo lavrador e capitão-mor da vila de Benavente. O edifício funcionou como casa de habitação até meados do século XX, altura em que foi adquirido pelo Dr. António Gabriel Ferreira Lourenço, para lá ser instalado o Pensionato do Colégio de Benavente.
Por testamento deste, a casa foi doada à Câmara Municipal de Benavente para criação de um
Museu Municipal, cuja designação deveria incluir o nome do dador. A 20 de Dezembro de 1976, foi celebrada a escritura de doação do edifício. Em Julho de 1980 viria a ser inaugurado o
Museu Municipal de Benavente, com a Exposição de Arqueologia
Museu Municipal de Benavente convida para a inauguração da exposição RELEMBRAR A VILA, BENAVENTE, no próximo dia 28 de junho, às 21.00 horas. Nesta noite, em que a vila de Benavente já está em Festa com a Festa da Amizade e da Sardinha Assada, temos ainda uma noite de fados com a colaboração da ABAF e uma apresentação de danças sevilhanas com o grupo Sabor Flamenco.
Núcleo Museológico do Tempo
No Largo Zeferino Sarmento, perto da igreja de São João de Alporão, encontramos a Torre das Cabaças. De planta quadrangular, com 22 metros de altura, é um imponente testemunho tardo-gótico do sistema defensivo da cidade durante o século XV. Durante o século XVII, foi-lhe colocado uma cimalha maneirista, numa tentativa de melhoramento estético. Embora as muralhas e o edifício do Senado da Câmara, a que pertencia, já tenham desaparecido, manteve até hoje a sua função de Torre do Relógio. A denominação de Torre das Cabaças, deve-se à existência, no alto, de uma armação de ferro sustentando oito cabaças (actualmente substituídas por vasilhas cerâmicas) que servem de reforço acústico ao sino, que se deveria ouvir nas povoações mais próximas de Santarém. Desde longa data, a opinião popular viu nelas a representação das cabeças ocas dos vereadores que ordenaram a construção de tão tosca e bruta torre.Em 1999, a Câmara Municipal delineou um projecto de recuperação da Torre e reabilitação da área envolvente. Actualmente, de visual completamente renovado (substituído o reboco e restaurado o sistema de relojoaria), apresenta-nos no seu interior um interessante Núcleo Museológico do Tempo com uma exposição de objectos alusivos ao tema.
Igreja do Santíssimo Milagre Santarém
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Igreja do Santíssimo Milagre, também conhecida como
Igreja de Santo Estêvão, situa-se no centro histórico de Santarém, na freguesia de Marvila. Este templo, fundado no século XIII, adquiriu o seu actual aspecto maioritariamente renascentista no século XVI, em resultado da destruição provocada por um sismo.
A igreja passou a ser designada pela actual denominação após a ocorrência do Santíssimo Milagre, em 1266, na paróquia que então a tinha como sede. Desde então, a relíquia do Milagre, objecto de grande veneração popular, permanece aqui guardada.
A igreja é Monumento Nacional desde 1997.
Igreja de Santa Maria de Marvila Santarém
A Igreja de Santa Maria de Marvila localiza-se em pleno centro histórico de Santarém, na freguesia de Marvila, em Portugal. Está situada junto ao largo conhecido anteriormente como Praça Nova, onde se localizavam os Paços do Concelho na Idade Média.
A igreja, que remonta à reconquista cristã, era uma das mais importantes da antiga vila. O templo actual, representativo do manuelino e do renascimento, é fruto das várias campanhas construtivas que foi sofrendo ao longo do tempo. Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1917.
O edifício da Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Marvila é uma reconstrução dos princípios do século XVI, levada a cabo pelo impulso do rei D. Manuel I, sobreposta na estrutura gótica preexistente.
As linguagens do manuelino estão bem expressas em toda a igreja, sobretudo no portal da fachada. O interior do templo apresenta três naves, divididas por arcos plenos, clássicos que se encontram assentes sobre grossas colunas com bases animadas de “garras-enrolamentos” e encimadas por belos capiteis jónicos. As paredes estão revestidas de azulejos de várias cores e de enxadrezado azul e branco, datados de 1617, 1620, 1635 e 1639.
O pórtico do templo de Marvila, símbolo do chamado estilo manuelino é esplendorosamente belo e elegante, com arcos policêntricos trilobados que são envolvidos por troncos e outros ornamentos típicos do estilo do Rei Venturoso tais como o cordame misturado com motivos vegetalistas.
Castelo de Almourol em Vila Nova da Barquinha Santarém
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Castelo de Almourollocaliza-se na freguesia de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém, região do Centro (Região das Beiras), em Portugal, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor.
Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo, simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.
As origens da ocupação deste local são bastante antigas e, por isso mesmo, enigmáticas. Alguns autores referiram a possibilidade de aqui se ter instalado um primitivo reduto lusitano, ou pré-romano, posteriormente conquistado por estes, e com vagas de ocupação ao longo de toda a Alta Idade Média. Fosse como fosse, o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se Almorolan.
Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários.
Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).
Fonte das Figueiras Santarém
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Fonte das Figueiras situa-se na cidade de Santarém, na freguesia de São Salvador, num vale entre o planalto, onde se erguiam os principais bairros da vila medieval, e a Ribeira. Esta fonte, Monumento Nacional desde 1910, é um dos raros exemplos que chegaram até aos dias de hoje da arquitectura civil gótica e de abastecimento de água í s populações na Idade Média portuguesa.
A fonte encontra-se localizada num ponto estratégico fundamental da vila medieval, dentro da antiga cintura de muralhas que ligava a Porta de Atamarma, que dava acesso a Marvila, à Ribeira, situada junto ao Tejo. Esta obra data do século XIV, provavelmente do reinado de D. Dinis ou de D. Afonso IV, e resultou da acção conjunta do Município e do Rei, facto comprovado pela presença das respectivas pedras de armas.
O Chafariz gótico do século XIII-XIV, construído junto a uma calçada de ligação entre a urbe e o Vale de Atamarma, também designada das Figueiras, é uma interessante obra de arquitectura civil do gótico trecentista de silhares de cantaria e alvenaria de calcário.O Chafariz das Figueiras consta de uma estrutura em alpendre, também ela ameada de merlões pontiagudos, com abóbadas de cruzaria, que protege uma bica que nasce no próprio muro.
A estrutura alpendrada, assente sobre três arcos quebrados, que resultou da comparticipação do rei e do município – associação bastante comum nas obras públicas da antiga vila-, encontra-se valorizada pela presença das armas reais e do concelho em brasões de cadeado colocados nas face Poente e Sul da construção. As armas do rei parecem reportam-se a D. Dinis com os escudetes laterais virados ao centro. As armas do município revelam grande perfeição, sendo o escudo ladeado por decoração floral entrelaçada.
Convento de São Francisco (Santarém)
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Convento de São Francisco, em Santarém, constitui um dos melhores exemplares do gótico mendicante em Portugal. O convento foi fundado em 1242 por D. Sancho II, aquando do estabelecimento dos franciscanos na cidade.
A sua fundação remonta a 1242, integrando-se na corrente “mendicante”, visível na amplitude do espaço, vãos altos assentes em pilares finos e ornamentação escultórica rara e sóbria. O edifício possui na sua estrutura sinais marcantes das várias épocas, do gótico ao barroco, passando pelo manuelino e renascença. Do período inicial restam boa parte da volumetria e os elementos estruturais mais importantes