Muralhas fernandinas de Lisboa ou muralhas de Lisboa

As muralhas fernandinas de Lisboa, também conhecidas por cerca fernandina, são as muralhas da cidade de Lisboa correspondentes à ampliação da cerca velha levada a cabo por D. Fernando I na era de César de 1411, ano 1373 d.C..
MURALHA FERNANDINA (CERCA DE LISBOA) Em consequência dos assaltos, roubos e incêndios que o exército do Rei D. Henrique de Castela promoveu contra a cidade de Lisboa na idade média, inutilizando a Cerca de muralhas visigóticas e mouras que envolviam o povoado, El - Rei D. Fernando mandou, em 1373, construir uma nova cinta de muralha, a qual ficou conhecida por “Cerca Nova” e também por “Cerca Fernandina”.
O traçado geral da Cerca iniciava-se do lado ocidental do Castelo de São Jorge, descia o vale da Mouraria, para depois subir a encosta do Monte de Sant ´Ana e voltar a descer pelo vale da Avenida que atravessava então à actual Praça D. João da Câmara, subindo até ao Largo de S. Roque e daí prolongava-se até ao Tejo, passando pelo Largo do Chiado.
A muralha era em alvenaria, tendo cerca de 0,5 metros de espessura. A construção desta muralha durou cerca de 2 anos, tendo sido terminada em 1375. Com o terramoto de 1755 as muralhas ficaram destruídas, sobrando assim algumas ruínas espalhadas por algumas zonas de Lisboa.
Uma parte existente no centro comercial Espaço Chiado (Rua da Misericórdia) é uma delas, sendo que neste podemos observar os restos do Torreão e de parte do troço da muralha que ligava as portas de Santa Catarina ao rio.
Igreja de Santa Maria do Castelo (Torres Vedras)
A
Igreja de Santa Maria do Castelo localiza-se na freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães, no concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, em Portugal.
Situada no interior do Castelo de Torres Vedras, a Igreja de Santa Maria é uma das mais antigas das quatro matrizes da cidade. É mesmo provável que tenha sido erguida sobre algum templo islâmico, aí existente durante o período de dominação árabe.
A sua construção deverá remontar à segunda metade do século XII, pouco tempo depois da tomada do castelo aos mouros, por D. Afonso Henriques, em 1148. O orago da igreja é Nossa Senhora da Assunção (15 de Agosto). Até ao início do século XIX, na noite de 14 de Agosto faziam-se diversas fogueiras no adro da igreja e nas ameias do castelo, para comemorar o dia em que, segundo a tradição, D. Afonso Henriques terá tomado o castelo aos mouros.
Igreja da Memória Lisboa
A
Igreja da Memória também conhecida por Igreja de N. S. do Livramento e de S. José, classificada como Monumento Nacional, é uma edificação localizada na Ajuda, Portugal. O início das obras foi por volta de maio de 1760, tendo-se celebrado a cerimónia do lançamento da primeira pedra a 3 de setembro de 1760. Fundada por D. José I, num gesto de gratidão por se ter salvo de uma tentativa de assassínio dois anos antes, em 1758, no local.
O monarca regressava de um encontro secreto com uma dama da família Távora quando a carruagem foi atacada e uma bala o atingiu num braço. Pombal, cujo poder já era absoluto, aproveitou a desculpa para se livrar dos seus inimigos Távoras, acusando-os de conspiração. Em 1759, foram torturados e executados. As suas mortes são comemoradas por um pilar no Beco do Chão Salgado, junto da Rua de Belém.
Esta igreja, também conhecida por Igreja de N. S. do Livramento e de S. José, classificada como Monumento Nacional, foi construída em memória do atentado sofrido por D. José I, em 1758, da responsabilidade da família Távora, e do qual o rei escapou ileso.Iniciada em 1760, segundo projecto do arq. italiano Giovanni Carlo Bibienna, foi concluída pelo arq. Mateus Vicente de Oliveira.Trata-se de uma construção barroca com características neoclássicas, que se impõe pelas linhas equilibradas e harmoniosas, sendo coroada por um zimbório.
O projeto deste templo coube ao italiano Giovanni Carlo Galli da Bibbiena (1717-1760), arquiteto e cenógrafo bolonhês autor do Teatro do Forte ou Teatro do Salão dos Embaixadores no Palácio da Ribeira (1752-1754), Teatro real de Salvaterra de Magos (1753-1792), Teatro real da u00d3pera do Tejo (mar.1755-nov.1755) e do Teatro da Quinta de Cima ou Teatro da Ajuda. Igualmente foi responsável pela Real Barraca da Ajuda e da sua Capela Real.
A igreja da Memória é de arquitetura barroca. É composta por nave, transepto pouco saliente, com cruzeiro circular, com estreitos corredores nos braços e capela-mor. Este possui, nos braços do transepto, tribunas, com guardas semelhantes, sendo rasgada por vãos sobrepostos, colocadas no piso inferior e janelas de varandim no superior. A capela-mor é simples, seguindo as normas pombalinas, e apresenta um simples painel pintado, envolvido por uma moldura de talha, com altar paralelepipédico, tendo pilastras volutadas adossadas aos costados. No exterior surge uma torre sineira, com o interior dividido em tramos por pilastras toscanas duplas, que sustentam as coberturas em abóbadas de lunetas, amplamente iluminada por enormes janelões que se rasgam nas fachadas do imóvel e pelo tambor, óculos e lanternim da cúpula. A fachada principal da igreja é rematada com um frontão triangular, composta por dois registos divididos por entablamento. As fachadas laterais têm tratamento semelhante entre si. Estas apresentam duas partes, sendo o superior recuado. Possuem duas ordens arquitectónicas distintas, toscana no piso inferior e de inspiração coríntia no superior, remetendo para modelos clássicos. Estas mudança de ordem arquitetónicas ocorreu em resultado da substituição dos arquitetos.
As características cenográficas manifestam-se sobretudo no exterior, na multiplicação dos planos que se desdobram artificiosa-mente qualquer que seja o ponto onde o observador se coloque. Para tal concorrem certamente o dinamismo das paredes do piso térreo, como a fachada principal ligada ás laterais por planos côncavos (esquema que se repete a poente, acentuado pela colocação da torre-sineira), e o ligeiro avanço de um corpo central das fachadas sul e norte, num jogo interessante de diferenças de movimento, acentuadas pelo ritmo inconstante das pilastras e dos vãos. Apesar da sequência das pilastra e da interrupção dos ritmos verticais, este piso não perde no entanto a sua clara leitura horizontal, percorrido como está por uma balaustrada, uma cornija e um rodapé contínuos, unificando todo o perímetro do edifício, onde ressalta uma movimentação sobretudo plástica dos diferentes planos da igreja.
A condução das obras até 20 de novembro de 1760, esteve a cargo do arquiteto italiano. Depois do falecimento de Bibbiena, as obras continuaram; contudo, em 1762, pararam por motivos económicos, sendo apenas retomadas em novembro de 1779. Assumindo o cargo o arquiteto Mateus Vicente de Oliveira, sendo o responsável pelo piso superior da igreja, pelo zimbório, cúpula e lanternim. Em 1785, Mateus Vicente morre, ficando por concluir a torre sineira. Em 1788, o bispo do Algarve, D. José Maria de Melo, sagra os dois sinos principais da igreja.
Hoje é a sede da Ordinariato Castrense de Portugal/Diocese das Forças Armadas.
Em estilo neoclássico, a igreja é pequena, mas graciosa com linhas equilibradas e harmoniosas, sendo o interior em mármore com pinturas de Pedro Alexandrino de Carvalho e tendo no exterior uma bela cúpula. Contudo seu pormenor mais significativo é o facto de servir de mausoléu a Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal), que está ali sepultado desde 1923.
Convento da Graça (Lisboa)

O conjunto da
Igreja e convento da Graça está localizado no Largo da Graça, na freguesia de São Vicente, em Lisboa. Está virada para um miradouro com vista sobre a cidade e o rio.
Pertencia à Ordem dos Agostinianos Eremitas (Ordo eremitarum Sancti Augustini), associada à Ordem de Santo Agostinho, e por isso, por ter aqui a sua sede em Portugal, também era conhecida por Ordem dos Gracianos.
Igreja e convento fundados no séc. XIII, para frades eremitas calçados de Sto. Agostinho, sob a invocação de N. S. da Graça, foram reedificados no séc. XVI e restaurados após o terramoto de 1755, sob a direcção dos arqs.
Caetano Tomás de Sousa e Manuel Caetano de Sousa. Esta última intervenção imprimiu-lhe um carácter tardo-barroco, embora tenha subsistido o núcleo manuelino, constituído pelo baptistério e pela capela, assim como o claustro maneirista.
A frontaria apresenta dupla fachada, em ângulo, composto pela igreja e pela antiga portaria conventual, sobre a qual se eleva a torre sineira, obra de Manuel da Costa Negreiros.
Remonta ao início da nacionalidade portuguesa, fundado no século XIII, no Monte de São Gens, no antigo local conhecido por Almofala - onde D. Afonso Henriques acampou com as suas tropas durante o cerco a Lisboa em 1147. Foi depois reedificado no século XVI e restaurado após o terramoto de 1755. Esta última intervenção imprimiu-lhe um carácter tardo-barroco, embora tenha subsistido o núcleo manuelino, constituído pelo baptistério e pela capela dos Almadas, assim como o claustro maneirista.
A frontaria apresenta dupla fachada, em ângulo, composto pela igreja e pela antiga portaria conventual, sobre a qual se eleva a torre sineira, obra de Manuel da Costa Negreiros e data de 1738.
Na reconstrução, optou-se por um interior sóbrio, cujas capelas, de talha dourada, imprimem uma linguagem ainda rocaille de finais do século XVIII. O seu interior é marcado pela talha dourada, azulejos e pintura do tecto.
Após a extinção das ordens religiosas o convento foi transformado em quartel de diversas unidades do exército.
No interior merece destaque:o património azulejar dos sécs. XVI, XVII e XVIII; o trabalho em talha dourada dos altares em estilo rococó e as esculturas setecentistas das capelas intermédias; a decoração barroca da sacristia, com o tecto alegórico pintado por Pedro Alexandrino de Carvalho, o grande painel das Relíquias e o túmulo de D. Mendo de Fóios Pereira.
Está classificado de Monumento Nacional.
Convento de São Francisco (Alenquer)

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Convento de São Francisco de Alenquer, localizado na vila de Alenquer, foi um dos primeiros conventos da Ordem dos Frades Menores fundado em Portugal.
Descrição: Através da transformação e doação do seu paço real aos franciscanos, instalados desde 1216 na antiga ermida de Santa Catarina, funda, D. Sancha, em 1222,o convento real de São Francisco. Casa e cerca seriam, mesmo assim, de reduzidas dimensões. O crescimento da comunidade obrigará, com o tempo, ao aumento destes espaços.
Em 1280, a donatária da vila D. Beatriz de Gusmão, mulher de D. Afonso III (que no seu testamento contemplara esta instituição com 50 libras), compra e doa aos frades uma terra para alargamento da cerca. A mesma rainha encarregar-se-á também da construção da igreja conventual. Estas obras, devido às suas frequentes ausências e depois por motivo da sua própria morte, arrastar-se-ão por largos anos.
Palácio da Bemposta

O Palácio da Bemposta, vulgo Paço da Rainha, é um palácio em Lisboa, Portugal. Atualmente está instalada no palácio a Academia Militar.
Igreja de Santa Luzia (Lisboa)

Igreja de Santa Luzia ou Igreja de Santa Luzia e de São Brás é uma igreja localizada na freguesia de Santiago, em Lisboa, em Portugal. Junto à igreja, encontra-se o miradouro de Santa Luzia. Esta igreja foi construída durante o reinado de D. Afonso
Igreja implantada sobre a cerca moura, intimamente ligada aos Cavaleiros da Ordem de Malta, cuja origem parece remontar ao séc. XII. Primitivamente, era uma igreja-fortaleza avançada sobre os arrabaldes da zona oriental da cidade. Objecto de várias reedificações, este templo traduzia, após o terramoto de 1755, uma arquitectura chã com uma fachada principal de linhas simples e inspiração clássica, exibindo, na sua fachada lateral virada para o miradouro, dois painéis de azulejos, representando a conquista de Lisboa e a Praça do Comércio antes do terramoto, executados na Fábrica Viúva de Lamego. O interior, de planta em cruz latina e nave única, destaca-se por conservar 10 sepulturas, em forma de lápides ou monumentos funerários, com inscrições em português ou latim, distribuídas pela capela-mor, transepto e nave, as quais estão classificadas como
Monumento Nacional.Palácio Nacional da Ajuda Lisboa

O Palácio Nacional da Ajuda ou Paço de Nossa Senhora da Ajuda é um monumento nacional português, situado na freguesia da Ajuda, em Lisboa.
A sua construção teve inicio no fim do século XVIII (1795) para substituir a Real Barraca, Paço Real assim chamado por ser de madeira. O projeto inicial, da autoria de Manuel Caetano de Sousa, sofreu uma alteração profunda com novo projeto em 1802. De inspiração neoclássica, da autoria dos arquitetos Francisco Xavier Fabri e José da Costa e Silva, o Palácio foi habitado com várias interrupções, tendo ficado inacabado. Funcionou como Paço Real com o rei D. Luis I (1833-1889), que aí se instalou definitivamente a partir de 1861. No vestíbulo, merecem destaque as 47 estátuas assinadas por artistas portugueses.
Encerrado com a implantação da República em 1910, o interior do Palácio foi tornado museu, a partir de 1968, apresentando um relevante acervo de mobiliário, ourivesaria, pratas e joalharia.
Entre 2018 e 2020 decorrerão as obras
Convento do Carmo visita obrigatória em Lisboa

O Convento do Carmo de Lisboa é um antigo convento da Ordem dos Carmelitas da Antiga Observância que se localiza no Largo do Carmo e foi erguido, sobranceiro ao Rossio (Praça de D. Pedro IV), na colina fronteira à do Castelo de São Jorge, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal.
Hoje, serve simultaneamente como sede da Associação dos Arqueólogos Portugueses e como espaço museológico.
O Museu Arqueológico do Carmo instalado nas Ruínas do Carmo integra peças de valor histórico, arqueológico e artístico, numa cronologia ampla que contempla artefactos e obras desde a Pré-História à época contemporânea.
O conjunto, que já foi a principal igreja gótica da capital, e que pela sua grandeza e monumentalidade concorria com a própria Sé de Lisboa, ficou em ruínas devido ao terramoto de 1755, não tendo sido reconstruído. Constitui-se em um dos principais testemunhos da catástrofe ainda visíveis na cidade. Actualmente as ruínas abrigam o Museu Arqueológico do Carmo.
É possível que a ruína do Convento do Carmo e do vizinho Convento da Trindade, aquando daquele terramoto, esteja na origem da expressão popular
Igreja de São Roque (Lisboa)

A Igreja de São Roque é uma igreja católica em Lisboa, dedicada a São Roque e mandada edificar no final do século XVI, com colaboração de Afonso álvares e Bartolomeu álvares. Pertenceu à Companhia de Jesus, sendo a sua primeira igreja em Portugal, e uma das primeiras igrejas jesuítas em todo o mundo.
Construída no séc. XVI, a partir de 24 de Março de 1506, sob o orago de São Roque, protector dos doentes da peste, foi Sagrada em 25 de Fevereiro de 1515, pelo Bispo D. Duarte. Em 1553, a Companhia de Jesus toma posse deste templo, o qual conhece várias intervenções por parte dos arqs. Afonso e Baltazar Álvares e Filipe Terzi.
Classificada como Monumento Nacional, traduz uma típica arquitectura religiosa maneirista e o verdadeiro protótipo das igrejas jesuíticas portuguesas: igreja de nave única com capelas laterais intercomunicantes e cobertura em tecto de madeira.
Foi a igreja principal da Companhia em Portugal durante mais de 200 anos, antes de os Jesuítas terem sido expulsos do país no século XVIII. A igreja de São Roque foi um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao Terramoto de 1755 relativamente incólume. Tanto a igreja como a residência auxiliar foram cedidas à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para substituir os seus edifícios e igreja destruídos no sismo. Continua a fazer parte da Santa Casa hoje em dia.
Aquando da sua construção no século XVI, foi a primeira igreja jesuíta a ser desenhada no estilo