As 3 vilas medievais mais bonitas de Portugal

As 3 vilas medievais mais bonitas de Portugal

Suficientemente perto da capital e situada num ponto alto, próximo da costa atlântica, Óbidos teve uma importância estratégica no território. Já ocupada antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, a vila tornou-se mais próspera a partir do momento em que foi escolhida pela família real. Desde que o rei D. Dinis a ofereceu a sua esposa D. Isabel, no séc. XIII, ficou a pertencer à Casa das Rainhas que, ao longo das várias dinastias, a foram beneficiando e enriquecendo. É uma das principais razões para se encontrarem tantas igrejas nesta pequena localidade.

 

Dentro de muralhas, encontramos um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas que encantam quem por ali se passeia. Entre pórticos manuelinos, janelas floridas e pequenos largos, encontram-se vários motivos de visita, bons exemplos da arquitectura religiosa e civil dos tempos áureos da vila.



Qualquer altura é boa para visitar Óbidos. Pelas histórias de amor que aí se contam e pelo ambiente medieval, é uma sugestão inspiradora para um fim-de-semana romântico ou simplesmente tranquilo. E se incluir uma noite de alojamento no castelo, então o cenário será perfeito. 

Na gastronomia local, destaca-se a caldeirada de peixe da Lagoa de Óbidos, ainda melhor se acompanhada pelos vinhos da Região Demarcada do Oeste. Outra atração é a célebre Ginjinha de Óbidos, que se pode apreciar em vários locais, de preferência num copinho de chocolate.




Durante todo o ano, um programa de eventos traz alguma animação a esta pequena localidade, mas sem dúvida os mais concorridos são o Festival Internacional do Chocolate, o Mercado Medieval e o Natal, em que se decora a vila com motivos alusivos à época. De referir também, as Temporadas de Música Clássica Barroca, de Cravo e o Festival de Ópera que concedem uma atmosfera especial a Óbidos, com espetáculos ao ar livre nas noites quentes de verão.

 

Monsaraz vila mediaval Portuguesa 

Vila medieval, a mais antiga do concelho de Reguengos de Monsaraz, Monsaraz regista indícios de povoamento desde tempos pré-históricos, tendo mesmo sido nos primórdios da sua origem um castro fortificado. Em 1157 foi conquistada aos Mouros por Geraldo Geraldes “O Sem Pavor”, em 1167 doada aos Templários e em 1319 à Ordem de Cristo. Durante séculos o castelo de Monsaraz desempenhou importante papel de sentinela do Guadiana, vigiando a fronteira com Espanha.



 

O que vou referir aqui é Monsaraz, que é vila. É preciso não confundir com Reguengos de Monsaraz, que é cidade. A vila pertence ao Concelho de Reguengos de Monsaraz.

Em tempos a vila era sede de concelho, tendo sido transferida pela primeira vez em 1838, passando definitivamente para Reguengos de Monsaraz em 1851. Pode-se dizer que Monsaraz é uma das preciosidades de Portugal, pois esta vila medieval conseguiu manter a traça original ao longo dos séculos tornando-se um verdadeiro paraíso de paz e tranquilidade, esquecida com o decorrer dos tempos.

Considerada uma das mais antigas vilas de Portugal, Monsaraz regista indícios de povoamento desde o tempo pré-histórico, havendo registos de que inicialmente era um castro fortificado. Desde então foi sucessivamente ocupada até a formação da nacionalidade, tendo sido conquistada pela primeira vez aos muçulmanos em 1157. Depois da derrota de D. Afonso Henriques em Badajoz, pelos almôadas, a vila só tornou a ser reconquistada em 1232 pelas mãos de D. Sancho I, que a doou à Ordem do Templo.



 

No distrito de Évora destaca-se o Concelho de Reguengos de Monsaraz, cujo enquadramento na magnífica planície Alentejana e no azul da água da albufeira de Alqueva fazem dele um destino turístico de referência da região.

Confinado pelos Concelhos de Redondo e Alandroal a norte, Mourão a este, Moura e Portel a sul e Évora a oeste, o concelho de Reguengos de Monsaraz situa-se numa região predominantemente agrícola, que condiciona os modos de vida ligados à exploração da terra – agricultura essencialmente extensiva de cereais, olivicultura e vinha.

O clima, tipicamente mediterrânico com verões quentes e secos e invernos curtos e chuvosos, marca a vegetação, a fauna, a paisagem, bem como as gentes desta região.

Reguengos de Monsaraz oferece assim condições ambientais excecionais, que convidam à fruição de atividades ao ar livre em contato com a natureza, como passeios de barco, passeios a pé ou a cavalo pelos caminhos de terra batida, caça, pesca…



Aqui poderá ainda desfrutar de uma viagem no tempo ao vaguear pela histórica vila medieval de Monsaraz e visitar os vários testemunhos arqueológicos de monumentos megalíticos em todo o Concelho. Localizados particularmente na Freguesia de Monsaraz, alguns deles são merecedores de destaque a nível europeu.

Além de um património histórico bastante rico e de uma paisagem exímia, o concelho é detentor de uma forte identidade marcada pelos usos e costumes tradicionais, que se refletem na gastronomia, nos vinhos e no artesanato, sendo de destacar S. Pedro do Corval, o maior centro oleiro de Portugal.

Vila de cal e xisto onde o tempo agradavelmente parece ter parado, torna-se palco de eventos inseridos no “Monsaraz Museu Aberto”, programa de actividades culturais que se realiza de dois em anos no Verão alentejano, mostrando os hábitos e costumes alentejanos no artesanato, na gastronomia e nos vários espectáculos culturais que aqui têm lugar. 




Marvão vila mediaval 

Entre Castelo de Vide e Portalegre, a poucos quilómetros de Espanha, encontramos a tranquila vila de Marvão, no ponto mais alto da Serra de São Mamede. O Monte de Ammaia, como era conhecido, deve o seu atual topónimo ao facto de ter servido de refúgio a Ibn Marúan, um guerreiro mouro, durante o séc. IX. O domínio árabe, que durou alguns séculos, terminou quando a campanha militar de 1160/66 da Reconquista Cristã aqui teve mais uma vitória, sob a ação de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal

Entre Castelo de Vide e Portalegre, a poucos quilómetros de Espanha, encontramos a tranquila vila de Marvão, no ponto mais alto da Serra de São Mamede.



O Monte de Ammaia, como era conhecido, deve o seu atual topónimo ao facto de ter servido de refúgio a Ibn Marúan, um guerreiro mouro, durante o séc. IX. O domínio árabe, que durou alguns séculos, terminou quando a campanha militar de 1160/66 da Reconquista Cristã aqui teve mais uma vitória, sob a ação de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Geograficamente, Marvão é um ponto de defesa estratégico natural, marcado por encostas muito íngremes a Norte, Sul e Oeste, e com acesso a pé apenas pelo lado Este, para onde se desenvolveu a povoação.

Este facto não foi indiferente a conquistadores e a reis, que sempre se preocuparam com o reforço do castelo e das muralhas. Teve um papel fundamental em grandes conflitos militares, dos quais se recordam a luta entre o rei D. Dinis e seu irmão D. Afonso (1299), a Crise Dinástica de 1383-85, as Guerras da Restauração da Independência (1640-68), a Guerra da Sucessão de Espanha (1704-12) ou as Guerras Peninsulares (1807-11). A importância de Marvão foi reconhecida quando foi elevada a vila por D. Sancho II, em 1266. O foral foi renovado por D. Dinis, em 1299, e pelo Foral Novo de D. Manuel, em 1512, que deixou a sua ação assinalada pelo Pelourinho e pelas armas reais colocadas no edifício dos Paços do Concelho.

Dentro das muralhas, revela-se um bonito conjunto de arquitetura popular alentejana. Nas estreitas ruas de Marvão, descobrem-se facilmente arcos góticos, janelas manuelinas, varandas de ferro forjado embelezando as casas e outros detalhes de interesse em recantos marcados pelo granito local.




Do património edificado, para além do castelo e das muralhas que dificilmente se esquecem, destacam-se a Igreja de Santa Maria, transformada em Museu Municipal, a Igreja de Santiago, a Capela renascentista do Espírito Santo e o Convento de Nossa Senhora da Estrela, fora das muralhas.

Um dos principais motivos para visitar a vila é a bela vista sobre a região. Elegemos como miradouros a alta Torre de Menagem e a Pousada de Santa Maria, uma adaptação de duas casas da aldeia, onde também poderá descansar e saborear a gastronomia regional.

Bem próxima com a fronteira de Espanha, situada entre Castelo de Vide e Portalegre, no ponto mais alto da bonita Serra de São Mamede, na região Alentejana, encontra-se a encantadora Vila de Marvão. 
Num ambiente de paz de espírito e tranquilidade, rodeada por muralhas do século XIII e do século XVII, Marvão ergue-se bem alta esta histórica vila de ruas sinuosas e branco casario, mostrando que o tempo não é tão rápido e veloz como tantas vezes parece.

Os vestígios históricos da região remontam aos períodos Paleolítico e Neolítico, tendo sido encontrados inúmeros menires e antas, bem como uma importante estação romana, que atestam a longevidade destas paragens. 

A sua localização estratégica, por se encontrar no ponto mais alto da Serra de São Mamede, com difíceis acessos, que serviram como protecção natural, e tão próxima da fronteira, fez com que fosse um bastião defensivo Português durante séculos, travando-se aqui diversas batalhas e lutas políticas.










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