Conheça os 20 locais onde neva em Portugal


Vale do Rossim

Além da água translucida e do ar puro podemos encontrar no Vale do Rossim todos os condimentos necessários para um dia bem passado… ou um fim-de-semana… ou o tempo que entendermos. Esta lagoa artificial, construída na Linha de Água da Ribeira da Fervença, foi concluída em 1956 e permitiu que fossem criadas à sua volta um conjunto de condições que transformam este sítio numa das melhores zonas de lazer em toda a Serra da Estrela. Ao longo dos anos têm sido criadas e melhoradas as infraestruturas circundantes. Existe um Restaurante, um Bar e o Parque de Campismo foi modernizado recentemente (Vale do Rossim Eco Resort). Há ainda a possibilidade de prática de desportos aquáticos e/ou radicais.

Em Agosto o “Vale do Rossim” transforma-se num ponto de romagem com muita gente à procura da frescura da água da lagoa. Pessoalmente gosto de visitá-lo em épocas menos movimentadas… em que posso desfrutar de alguns sons que só a tranquilidade possibilita. Se gosta de fotografia visite-o também no Inverno. É um excelente sítio para caminhadas… Aconselha-se uma volta completa ao espelho de água e se ainda se sentir em forma pode sempre optar por uma visita ao Lagoacho (cerca de 4 Km). É importante levar calçado adequado e uma reserva de água.

 A origem desta aldeia origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, localizado num vale isolado, consagrado à Senhora das Unhas que acabou por se tornar Senhora das Júnias. O ano de 1147 será a data provável da fundação do mosteiro das Júnias, como atesta a data gravada no muro da igreja. Sabe-se que a incorporação na importante Ordem de Cister ocorreu no séc. XIII, sendo este o estabelecimento cisterciense mais isolado que se tem conhecimento

Montesinho

Montesinho é uma aldeia típica transmontana, situada nos contrafortes da Serra de Montesinho, a cerca de 1000 metros de altitude, em pleno Parque Natural de Montesinho. Deixe que a serenidade desta aldeia o seduza e passe uns dias instalado numa das casas adaptadas para turismo, em granito, com telhados em lousa e varandas em madeira, abertas para a serra! Caminhe pelas ruas da aldeia, calcetadas e bem cuidadas, e descubra a Igreja de Montesinho, o Núcleo Interpretativo de Montesinho e o Museu instalado numa casa típica transmontana, onde poderá conhecer a caracterização geológica de Montesinho e os modos de vida tradicionais desta aldeia preservada

A beleza natural desta região convida a caminhadas demoradas: faça o Passeio Pedestre de Montesinho (10 quilómetros) que o conduzirá por trilhos e caminhos nas aldeias de Montesinho, França e Portelo. Deslumbre-se com a paisagem de contrastes: o verde das pastagens pintalgado por flores coloridas e o dourado e avermelhado dos bosques… Encontra-se no Parque Natural de Montesinho, por isso não se surpreenda se avistar uma águia-real ou uma cegonha negra; um lobo ibérico ou um veado! Delicie-se com o famoso cabrito de Montesinho, com o fumeiro transmontano e com os doces típicos da região: ovos doces, bolo de mel, rosquilhas e súplicas. Prove, ainda, o vinho e a aguardente que aqui são produzidos

Lindoso

Lindoso, como o próprio nome indica, é uma bonita aldeia minhota, fronteiriça com Espanha, estendendo-se pela Serra Amarela e pela Serra do Cabril, na margem esquerda do Rio Lima. Diz-se que o seu nome deriva das palavras do Rei D.Dinis, encantado com a graciosidade do lugar, contudo o topónimo derivará de Limitosum (Limesitis). Lindoso tem cerca de 1300 habitantes, que se dedicam essencialmente à agricultura e pastorícia, numa zona de relevos elevados, com 1365,5 metros no vértice da Louriça. A aldeia é composta por típicas casas antigas de granito, subsistindo ainda em algumas instalações agrícolas a pitoresca cobertura de colmo, e foi, desde os inícios da nacionalidade Portuguesa, um importante bastião de defesa nacional

Prova desta importância histórica e militar é o seu imponente Castelo, hoje um interessante espaço museológico. Outro dos mais importantes monumentos e marcos culturais de Lindoso é o Largo dos Espigueiros, situado entre o castelo e o cruzeiro granítico, existindo um grande número de belíssimos espigueiros por toda a região. A Barragem do Alto Lindoso e a de Touvedo, possibilitam, para além de todo o aproveitamento hidroeléctrico, maravilhosas paisagens e condições para os mais diversos desportos náuticos. Bem próximo e a não perder é a localidade de Cidadelhe, onde outrora existiu uma povoação Castreja, ou a Parada, com bonitas paisagens

Covilhã

Situada na encosta da Serra da Estrela, voltada a Nascente, esta cidade, sede de concelho, localiza-se a cerca de 700 metros de altitude e é o centro urbano mais importante da zona da Serra da Estrela. Com uma longa história e ocupação humana desde remotos tempos, a Covilhã tem na sua indústria de lanifícios uma das suas principais referências. Esta indústria iniciou-se na região ainda no tempo do rei D. Sancho I, foi desenvolvida pela comunidade judaica, tendo ganhou um novo impulso em 1763 sob a acção de Marquês de Pombal que aqui fundou a Real Fábrica de Panos, tornando-se o maior centro de produção de lanifícios de todo o país

A Covilhã é igualmente conhecida por ter sido berço de descobridores e exploradores que deram novos mundos ao mundo na época dos Descobrimentos Portugueses, tendo mesmo recebido o Infante D. Henrique, o Navegador, o título de Senhor da Covilhã. Vários são os pontos de interesse desta dinâmica cidade e seus arredores, com um centro histórico agradável, com locais como a antiga Judiaria, com as suas ruas estreitas e janelas manuelinas, a Capela de São Martinho, a Capela de Santa Cruz ou o Museu dos Lanifícios. De facto, a Real Fábrica de Panos, onde actualmente funciona a Universidade da Beira Interior e o Museu de Lanifícios são legados importantes para o verdadeiro conhecimento desta região. Parques, jardins, casas senhoriais, e muitas Igrejas demonstrando o fervor religioso da região, são agradáveis e interessantes legados patrimoniais desta zona.

Serra do Gerês

A 202 leva-nos até Soajo, uma aldeia típica do Gerês talhada em granito. Aqui perto subsiste um conjunto de espigueiros que nos recordam as tradições comunitárias locais. Seguindo depois pela estrada que nos leva até Lindoso e a Espanha, entendemos como estamos rodeados de monstros de pedra. Com o Gerês nas costas, temos ainda a Serra do Soajo e a Serra Amarela. Subindo até ao topo da Amarela, a 1.359 metros, temos uma vista fantástica sobre o Lima e a sua envolvente.

 

Montalegre

Entramos em Trás-Os-Montes e o eixo Padornelos, Montalegre, Alturas do Barroso monta um espetáculo fantástico quando a neve cai na N103. Em Alturas, para além da feijoada de São Sebastião oferecida à população a 20 de Janeiro, recomenda-se a vista. Com a Barragem dos Pisões, a bacia formada pelo Rabagão, e os pequenos retalhos de terra cobertos de neve, é um cenário lindíssimo.

Vila transmontana, sede de concelho, situa-se na linda região das terras altas de Barroso, que incluem as serras do Gerês, do Larouco e do Barroso, e formam uma zona natural de serras, carvalhais, rios e ribeiros, árida e ao mesmo tempo aconchegante. Devido ao seu longo isolamento ainda se encontram em Barroso costumes que vêm desde remotos séculos, já desaparecidos noutras regiões, mas tão bem mantidos por esta zona. Parte do concelho de Montalegre está inserido no importante Parque Nacional da Peneda-Gerês. Um pouco por toda a região encontram-se vestígios arqueológicos que mostram uma presença humana já desde tempos pré-históricos, de facto no local onde se encontra a vila de Montalegre, é provável que tenha existido um povoado castrejo pré-histórico que, mais tarde, teria dado lugar a um povoado de vocação agro-pastoril.

Por Montalegre habitaram Lusitanos, Celtas, Visigodos, Suevos e, claro, Romanos, que deixaram um importante património arqueológico, tendo sido posteriormente uma terra importante na Idade Média, dado a sua localização estratégica. Montalegre conta, pois, com uma interessante história e um património rico. O seu castelo do século XIV, com a imponente Torre de Menagem com 27 metros de altura, provavelmente o terceiro castelo a ser construído nesta localidade, a Capela da Misericórdia, e toda a arquitectura rural granítica atestam o valor patrimonial de Montalegre. Todo o concelho de Montalegre respira este ambiente histórico e pitoresco, como as Igrejas Românicas de São Vicente de Chã e de Viade e as várias casas senhoriais espalhadas pela região, que tão bem têm sido mantidas, muitas delas hoje em dia transformadas em unidades de alojamento turístico de qualidade. Região de forte cariz tradicional, conserva o seu artesanato típico de peças de madeira e bordados em linho e rendas, e uma gastronomia afamada, sobretudo no que toca à produção de enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro que se realiza anualmente em Janeiro, a oportunidade ideal para adquirir estas iguarias

 

Bragança

parque de Montesinho não tem a quantidade de neve suficiente para a estância de esqui de que a população fala há anos. Mas, se não dá para desportos de inverno, cai em quantidade suficiente para apreciarmos o belo cenário que monta. E quando aparece, uma visita habitual, pinta toda a região sem preconceito. A cidade de Bragança conhece bem a neve, sendo uma das sedes de Distrito que mais a recebe. A norte, Rio de Onor é uma pequena aldeia em cima da fronteira onde o cenário fica mágico. As pequenas casas e caminhos em pedra parecem tirados de um filme de natal depois de um nevão.

Bragança, cidade sede de distrito e município, situada no extremo Norte de Portugal, próxima da fronteira com Espanha, na região anteriormente conhecida como Trás-os-Montes, é uma histórica e bem antiga cidade em que, a dificuldade de acessos e a localização num dos extremos do País, permitiu a manutenção de tradições e costumes por longos séculos. Bragança era já uma povoação importante no período de ocupação romana, tendo mesmo sido apelidada de “Juliobriga” e “Brigantia”, mas vestígios de ocupação anterior, no Paleolítico, foram também encontrados. D. Sancho I repovoou a cidade, e nomeou-a finalmente de Bragança, após muitas ocupações e pertenças e, dada a sua situação estratégica, sobretudo a nível militar e de controlo de vias de trânsito, sendo igualmente um local de passagem para as peregrinações a S. Tiago de Compostela desde o século XII.

O núcleo urbano medieval, murado e acastelado, no século XII, mantém-se na Cidadela, dignamente representada pela imponente Torre de Menagem do Castelo, pelo Pelourinho, pela Igreja de Santa Maria e pela Domus Municipalis, edifício único na Península Ibérica de arquitectura Românica, com a forma de um pentágono irregular, construído no século XII, e a Torre da Princesa, um magnífico miradouro com vista para a cidade. O centro da cidade, já fora da cidadela Bragantina, é constituído por excelentes monumentos dignos de registo como a bonita Praça da Sé, o Cruzeiro de 1689, a Sé Catedral do século XVI e o Palacete dos Calaínhos do século XVIII. O património religioso é igualmente rico, como se pode observar nas Igrejas da Misericórdia, de São Bento, de São Vicente, ou o Convento e igreja de São Francisco e, já fora do centro, a importante Igreja do Mosteiro de Castro de Avelãs do século XII. Bragança é, pois, uma bonita cidade histórica, com forte legado medieval, com muito para mostrar e contar, onde a tradição é acarinhada e continuada, como se pode observar nos variados trabalhos artesanais, de tecelagem, couro, burel, olaria, cestaria ou cobre, ou na típica e deliciosa Gastronomia transmontan




Marão

Com os seus mais de 1400 metros de altitude, a Serra do Marão é também anfitrião habitual da neve. Entre Amarante, Vila Real e Régua, o cenário natural é já habitualmente digno de memória. Mas, quando a neve aterra na encosta norte da serra, é suficiente para encerrar o IP4 e trazer todas as famílias da região para a brincadeira. Na EN101, o desvio para o miradouro da Nossa Senhora do Marão é a garantia de uma vista memorável. O Parque Natural do Alvão a partir dos 1.000 metros de altitude já costuma apresentar também um manto branco.

Bem próxima com a fronteira de Espanha, situada entre Castelo de Vide e Portalegre, no ponto mais alto da bonita Serra de São Mamede, na região Alentejana, encontra-se a encantadora Vila de Marvão. Num ambiente de paz de espírito e tranquilidade, rodeada por muralhas do século XIII e do século XVII, Marvão ergue-se bem alta esta histórica vila de ruas sinuosas e branco casario, mostrando que o tempo não é tão rápido e veloz como tantas vezes parece. Os vestígios históricos da região remontam aos períodos Paleolítico e Neolítico, tendo sido encontrados inúmeros menires e antas, bem como uma importante estação romana, que atestam a longevidade destas paragens.

A sua localização estratégica, por se encontrar no ponto mais alto da Serra de São Mamede, com difíceis acessos, que serviram como protecção natural, e tão próxima da fronteira, fez com que fosse um bastião defensivo Português durante séculos, travando-se aqui diversas batalhas e lutas políticas. Ao visitar Marvão tem-se a certeza de se visitar a própria história, que corre nestas ruas estreitas de arquitectura alentejana, heranças góticas, manuelinas e testemunhos medievais de outros tempos e mesteres, marcados no típico granito local. O Castelo e as imponentes muralhas do século XIII são monumentos inesquecíveis da Vila, mas Marvão tem bem mais para oferecer, como a Igreja Matriz do século XV, a antiga Igreja de Santa Maria, hoje interessante Museu Municipal, albergando colecções etnológicas e arqueológicas da região. Localizada bem às portas do Parque Natural da Serra de São Mamede, do alto de Marvão tem-se vistas surpreendentes sobre toda a envolvente área, destacando-se pontos como a Torre de Menagem ou a Pousada de Santa Maria, de onde se conseguem panoramas fantásticos.

 

Linhares da Beira

Parte da rede das Aldeias Históricas de Portugal, Linhares fica a 800 metros de altitude, sobre um penedo de forma irregular. Terra antiga, tem vestígios em pedra que datam do século XII e um imponente castelo a guardar a paisagem. Encostadas às muralhas, as casas do povo em granito, a judiaria medieval e os solares barrocos, levam-nos aos Invernos de outros séculos.

 

Loriga

A Serra da Estrela é o local onde as hipóteses de encontrar neve são mais facilmente preenchidas. Tem a única estância de esqui do país, a beleza do Covão da Metade e um encontro com o topo do mundo na Torre. Mas tem também uma atmosfera muito especial. As paisagens verdes envoltas pela névoa nos dias mais frios de Loriga podiam fazer parte de Jogo de Tronos. Antes de chegarem à Muralha, os Stark cruzam-se com cenários assim. Tem uma das mais belas praias fluviais portuguesas e a água que escorre pelas encostas é obrigada a uma pausa no pino do Inverno.

Loriga é considerada uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia que pertence ao distrito da Guarda. De acordo com os censos de 2005 esta vila situada em plena montanha tem uma área de 36,52 km² e uma densidade populacional de 37,51 hab/km². A Vila de Loriga fica situada na Serra da Estrela a cerca de 770 metros de altitude como que protegida por duas sentinelas vigilantes e altivas que parecem tocar no céu e, que são a Penha do Gato com cerca de 1800 metros e a Penha dos Abutres com mais de 1800 metros.

Uma estrada serpenteante e magnífica para o turismo, bem lançada em audaciosas curvas pelas encostas da serra onde a engenharia moderna pôs todos os seus recursos. Loriga é uma das terras serranas mais formosas, bem digna da visita dos turistas, onde, entre os mais diversos predicados naturais e artísticos, decerto encontrará também o descanso e a paz de que necessita. É conhecida como a Suíça Portuguesa devido à sua extraordinária paisagem e localização geográfica

Piódão

Chegados à Serra do Açor, o Piódão, é o postal ilustrado perfeito do Inverno português. A encosta, a sua igreja branca a brilhar, as luzes nas janelas das casas em patamares e a alvura da neve, criam um cenário único e irrepetível. Visite anda Foz D’ Égua, a 4km, uma aldeia num belíssimo estado de conservação, no cruzamento de vários rios e ribeiras.

A Aldeia de Piódão é considerada uma das mais bonitas do País, classificada como “Aldeia Histórica de Portugal“. Situada no Centro do País, pertencente ao concelho de Arganil, na encosta da bonita Serra do Açor. As suas típicas casas de xisto e lousa, com janelas em madeira de azul pintadas, descem graciosamente a encosta da serra, formando um anfiteatro nesta íngreme serra, sendo por muitos apelidada de “aldeia presépio”. Piódão é uma aldeia serrana, de feição rural, e acessos difíceis, um excelente exemplo de como o ser humano se adaptou ao longo dos séculos aos mais inóspitos locais. A natureza envolvente está quase que em estado puro, observando-se pela região diversas espécies de fauna e flora típicas do local.

A aldeia ter-se-á desenvolvido de um anterior Castro lusitano “Casal de Piodam”, hoje em dias em ruínas, que terá sabiamente aproveitado e aperfeiçoado a agricultura em socalcos. Já no século XX o estilo de vida que durante anos perdurou em Piódão sofre uma grande mudança, com a emigração em massa que se fez sentir, perdendo-se a força da terra. Hoje em dia Piódão renasce com a força turística, preservando sempre a sua essência. O próprio conjunto arquitectónico e a sua disposição tão característica, é o maior atributo de Piódão, destacando-se também locais de interesse como a Igreja Matriz do século XVII ou o Núcleo Museológico do Piódão, onde estão expostos os costumes, as tradições e modo de vida destas antigas paragens.

Soajo

Localizada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, a vila de Soajo é uma povoação milenar, situada numa zona montanhosa de grande beleza, predominantemente rural. A vila é caracterizada pelas suas ruas pavimentadas com lajes de granito e as casas construídas com blocos de pedra, onde a paz de espírito impera e o tempo parece ter parado, rodeada por uma natureza quase imaculada. Até há cerca de um século a povoação, que outrora chegou a ser sede de concelho, vivia em regime comunitário, baseando a sua actividade na agricultura, e com as suas próprias leis e actividades

A sua eira comunitária é ainda hoje um dos seus maiores atractivos, constituída por vinte e quatro espigueiros, todos em pedra e assentes num afloramento de granito, datando o mais antigo data de 1782, sendo muitos deles ainda hoje utilizados pela população. Os espigueiros são construções graníticas de arquitectura tumular, típicas da região Norte do País, encimados por uma cruz ou pirâmide, que serviam para guardar as espigas. Mas outros atractivos atraem nesta encantadora aldeia, como o largo onde se situa o Pelourinho que tem no seu topo uma inscrição dando as boas vindas, ou a bonita Capela, rodeados de vinhas, oliveiras e castanheiros. A arquitectura rural e popular caracteriza esta aldeia, como as Casas da Câmara e dos Enes, os variados Cruzeiros, os Fojos ou as Brandas e Inverneiras




Sortelha

As terras do Sabugal têm visitas regulares da neve e entre o Côa e Casteleiro há uma região onde a sua presença cai que nem uma luva. Sortelha é uma das mais belas e antigas vilas portuguesas. A visita possibilita ao forasteiro recuar aos séculos passados, por entre as sepulturas medievais, junto ao pelourinho manuelino ou de frente à igreja renascentista. Quando se pinta de branco, parece que alguém sussurra: “o Inverno está a chegar…” A 5 quilómetros fica o Hotel Águas de Radium, falido na década de 50 e desocupado desde então.

Gouveia

Gouveia é uma bonita cidade serrana do centro do País, sede de município, situada na encosta ocidental da grande Serra da Estrela, a cerca de 700 metros de altitude, de onde se avista um panorama maravilhoso sobre o Vale do Mondego, e toda a maravilhosa natureza circundante. A região de Gouveia foi habitada pelo homem desde épocas bastante remotas, existindo mesmo alguns vestígios pré-históricos, cujo exemplo mais significativo é o Dólmen da Pedra da Orca, na freguesia de Rio Torto, datado do final do período Neolítico. Existem igualmente vestígios de civilizações castrejas, Romana e Muçulmana que aqui deixaram a sua marca. Gouveia foi palco de lutas entre Cristãos e Muçulmanos, estando em ruínas quando o rei D. Sancho I a tentou repovoar, em 1186

Gouveia apresenta um orgulhoso Património, com diversos monumentos, igrejas, solares e bairros antigos de ruas tradicionais serranas. Destacam-se a imponente Igreja Matriz do século XVII, bem próxima da bonita Casa da Torre, que prima pelos seus elementos manuelinos, como as janelas, a Igreja de São Pedro, ou a interessante Igreja da Misericórdia datada do século XVIII, o Pelourinho, a Fonte de São Lázaro de 1779 ou o Solar Serpa Pimentel (século XVIII). A natureza é um dos grandes bens patrimoniais de Gouveia, que possui belos espaços verdes e variados locais de lazer, como o Parque Zoológico, possuindo igualmente bonitos pontos como o Monte Calvário com um templo setecentista e uma vista panorâmica de excelência, assim como no Miradouro do Paixotão, ou o histórico Convento de São Francisco, hoje em dia propriedade privada, que terá sido edificado pelos Templários

Pitões das Júnias

Localizada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, no bonito concelho de Montalegre, Pitões das Júnias é uma das mais tradicionais e pitorescas aldeias transmontanas, que tem conseguido manter ao longo dos séculos a sua pequena população e o aspecto medieval, de construções em pedra, sendo um dos principais atractivos turísticos desta região nos meses de Verão, contando já com algumas unidades de turismo ecológico

A origem desta aldeia origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, localizado num vale isolado, consagrado à Senhora das Unhas que acabou por se tornar Senhora das Júnias. O ano de 1147 será a data provável da fundação do mosteiro das Júnias, como atesta a data gravada no muro da igreja. Sabe-se que a incorporação na importante Ordem de Cister ocorreu no séc. XIII, sendo este o estabelecimento cisterciense mais isolado que se tem conhecimento

Guarda

Com uma presença humana desde tempos imemoriais, povoada pelos mais remotos povos, a Cidade da Guarda, sede de concelho e distrito, é, no alto dos seus 1056 metros, a mais alta cidade de Portugal, situada numa das encostas da Serra da Estrela. A Guarda, dado a sua situação geográfica é também conhecida pelos seus rígidos invernos, considerada mesmo uma das cidades mais frias de Portugal, coberta de neve nos meses mais frios. Situada na Beira Alta, num terreno acidentado, numa área outrora estratégica para a defesa Nacional, dado a sua proximidade com Espanha e a sua altitude, de onde provém mesmo o nome “Guarda”: era a Guarda fronteiriça. A Guarda é igualmente conhecida pela cidade dos cinco F’s: Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa

Vários pontos de interesse existem tanto na Guarda como nos seus arrabaldes, do qual o exemplo mais marcante é a sua Sé Catedral, (cuja construção iniciou em finais do século XIV e foi longamente prolongada) de características góticas e manuelinas, existindo tantos outros pontos de interesse como o Jardim José Lemos, o antigo Rossio medieval onde se realizavam as feiras, o Convento de São Francisco, do século XIII, a Torre dos Ferreiros e a de Menagem do antigo castelo, a Igreja de São Vicente, e, imperdível, a Judiariá. Para melhor conhecer a cidade impõe-se uma visita ao interessante Museu da Guarda. Perto da Guarda localizam-se diversos pontos de interesse, como a Serra da Estrela, o Sabugal, Sortelha, Trancoso ou mesmo Vila Nova de Foz Coa. A Gastronomia beirã é um dos marcos importantes da região, com uma boa oferta de restauração na zona, onde se dá destaque ao Caldo de Grão, ao Bacalhau à Lagareiro, ao Cabrito Assado e ao incontornável Arroz Doce

 

Monsanto

Pedra bruta e neve, é o tema principal para esta rota e Monsanto é presença obrigatória. Ostenta o título de “Aldeia mais portuguesa de Portugal” desde 1938, o que lhe permitiu não cair no abandono. Está cuidadosamente preservada e o orgulho dos habitantes está espelhado em todas as janelas e portas, bem cuidadas e ornamentadas. Símbolo bem real da sobrevivência e resistência humana, Monsanto é ainda assim um cenário de sonhos. Se não imaginar hobbits e elfos nas muralhas é porque o leitor já não vai há muito tempo ao cinema…

 

Marvão

É uma presença mais fortuita, mas a neve visita a Serra de São Mamede regularmente. Por vezes chega a cair em Marvão e embeleza o castelo da vila com uma capa de branco. Do alto do monte, a 800 metros, a visão do Alto Alentejo com farrapos de neve é memorável. A partir desta altitude e até aos 1000 metros da Serra, o encontro com a neve é uma forte possibilidade. Antes do país se estender para o Sul e para o Litoral, é a derradeira hipótese de encontrarmos um inverno nevado em Portugal.

 Penhas Douradas

As Penhas Douradas localizam-se naquela que é considerada a região mais fria de Portugal, em plena Serra da Estrela, a cerca de 1500 metros de altitude. Parte integrante do Parque Natural da Serra da Estrela, com uma fantástica vista sobre Manteigas, sede de concelho, e sobre o Vale Glaciar do bonito Rio Zêzere, as Penhas Douradas foram abençoadas pela natureza Serrana, que lhes confere uma beleza única

As Penhas Douradas são também conhecidas por aqui ter sido instalado a primeira estância de turismo de montanha, que hoje é imagem corrente de toda a Serra da Estrela, sendo igualmente caracterizada pelos seus “Chalets” espalhados por entre uma vegetação serrana onde reina a paz de espírito e um panorama a perder de vista

Manteigas

Situada a aproximadamente 700m de altitude, num vale glaciar da Serra da Estrela, onde corre o rio Zêzere, a Vila de Manteigas, sede de concelho, é conhecida pela sua afamada indústria têxtil, e hoje em dia, pelo desenvolvimento turístico, dada a importância nesta área da Serra da Estrela. A região prima por uma beleza natural única, com paisagens absolutamente magníficas, que forneceram ao longo dos séculos a região com a matéria prima necessária para a produção dos seus produtos típicos: as pastagens para os rebanhos originarem a lã para os famosos têxteis e o leite para o conceituado Queijo da Serra da Estrela. A ocupação humana na região data de épocas bem anteriores à Era Cristã, mas não se conhecem muitos pormenores, sabendo-se que o primeiro foral de Manteigas foi atribuído pelo Rei D. Sancho I, em 1188.

O património edificado de Manteigas é muito interessante e conta uma história beirã que importa conhecer nas Igrejas de Santa Maria, a mais antiga da Vila, na de São Pedro e na da Misericórdia, construída provavelmente em meados do Século XVII, e nas muitas Capelas, como a do Senhor do Calvário, a de São Lourenço, a de São Gabriel, a de Santa Luzia, entre tantas outras. Digna de registo é o imponente Solar da Casa das Obras, cuja construção levou desde 1770 ao primeiro quartel do Século XIX. O Património natural da região é riquíssimo, e pontos como o Poço do Inferno com a sua deslumbrante cascata, muitas vezes transformada em gelo no Inverno, a Pedra do Urso, o Vale do Rio Zêzere, as Penhas da Saúde, são locais imperdíveis e apaixonantes. Toda a gastronomia da região da Serra da Estrela está bem representada e apresentada em Manteigas, com uma boa oferta de Restauração e de Hotelaria.

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