O edifício foi construído em 1523, a mando de D. Brás de Albuquerque, filho do segundo governador da então Índia portuguesa, e com o terramoto de 1755 perdeu os dois últimos andares. A família Albuquerque vendeu-a em 1973, (entretanto fora utilizada como armazém e como sede de comércio de bacalhau). Hoje alberga a fundação dedicada à vida e à obra do Nobel da Literatura existe desde 2007, instalando-se em 2012 neste espaço a um pulo de Alfama. A visita permite acompanhar a exposição permanente sobre José Saramago (1922-2010). Se estiver a par da agenda, pode apanhar lançamentos de livros, palestras e outros eventos.
Sé Catedral de Lisboa
Se vir um grupo de forasteiros oriundos do novo continente boquiabertos em frente à Sé, não estranhe. É que o edifício, em estilo românico, é mesmo muito antigo. Começou a ser levantado a partir de 1147 e foi terminado nas primeiras décadas do século XIII. O projecto, de três naves com trifório, transepto saliente ecabeceira com três capelas, é muito semelhante à da Sé de Coimbra. Se algumas expressões lhe soarem demasiado estranhas, tenha calma. Pode sempre apresentar esta morada como o local onde ano após ano, em Junho, jovens casais alfacinhas trocam juras de amor eterno. Se, por outro lado, gostar de história, aventure-se a conhecer as alterações que a Sé foi conhecendo ao longo das eras, ao sabor do gosto dos soberanos. O claustro em estilo gótico, por exemplo, remonta ao reinado de D. Dinis, enquanto o seu sucessor, Afonso IV, modificou a sua traseira. Chegados à primeira metade do século XX, uma vasta obra de restauro pretendeu devolver ao edifício o seu aspecto original. Foi reinaugurada com pompa em 1940, em pleno Estado Novo. Sete anos mais tarde, celebrava-se aqui o oitavo centenário da conquista de Lisboa aos Mouros. E isso dava toda uma outra história.