Lisboa sem esta referência. Considerado um dos monumentos mais expressivos da cidade, a Torre de Belém começou por ser uma estrutura de defesa da barra do Tejo e hoje é um ícone da arquitectura do reinado de D. Manuel I. Classificada em 1983, como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), foi eleita em 2007, uma das Sete Maravilhas de Portugal.

 

Padrão dos Descobrimentos

Quem é a figura magestosa em destaque? É o Infante D. Henrique, homenageado nesta obra de Cottinelli Telmo, com esculturas de Leopoldo de Almeida. O monumento original foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português para homenagear as figuras históricas envolvidas nos Descobrimentos portugueses. O betão e a pedra da réplica actual, inaugurada em 1960, garatem a longevidade deste emblema alfacinha.

Museu Nacional do Azulejo

O azulejo é a prova física do sentido prático dos portugueses que escolheram este material convencionalmente pobre para decorar espaços interiores e edifícios. Mas falar de azulejo é muito mais do que aludir à forma como nos facilita a vida em matéria de limpezas. No Museu, instalado no Convento da Madre de Deus, estão representados alguns dos mais significativos exemplares da azulejaria nacional, do século XV até aos nossos dias.

 

Igreja de São Roque

Os estilos maneirista e barroco dominam a igreja de São Roque, um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao Terramoto de 1755, quase sem sofrer um arranhão. De tal forma que tanto a igreja como a residência auxiliar foram cedidas à Santa Casa da Misericórdia, para substituir os seus edifícios e igreja destruídos no sismo. O vínculo mantém-se até hoje, com a igreja a centralizar as atenções de turistas e não só. Afinal, falamos de uma das mais belas da cidade, mandada edificar no final do século XVI, em colaboração com Afonso Álvares e Bartolomeu Álvares.

 

 

Basílica da Estrela

A construção do edifício começou em finais do século XVIII, na sequência de um voto de D. Maria I no dia do seu casamento: se tivesse um filho varão com D. Pedro, construiria uma convento para freiras carmelitas dedicado ao Coração de Jesus, o primeiro templo do mundo com esta devoção. A rainha está sepultada na Basílica da Estrela, sendo a única monarca da dinastia de Bragança cujo túmulo não se encontra na Igreja de São Vicente de Fora.

 

 

Café A Brasileira

A Brasileira tornou-se um sítio de passagem e ponto de encontro, com a estátua de Lagoa Henriques a provocar selfies de turistas ao colo de Fernando Pessoa. Mas ainda por ali paira alguma da mística do lugar, palco de tertúlias intelectuais da geração de Orpheu, a justificar uma reconciliação. Isto para não falar de ser obrigatório carimbar no passaporte de todos os lisboetas com um café ao balcão, vindo do lote da casa

 

Arco da Rua Augusta

Lá vai Lisboa com o seu Arco triunfal (de tal forma que dispensa balão e o melhor é mostrar a vista que ele oferece). Foi programado em 1759, no quadro da reconstrução pombalina que se seguiu ao terramoto de 1755, mas o famoso Arco da Rua Augusta só ficou concluído, na sua disposição actual, em 1873. Celebração da então grandiosidade do Império Português, do qual fez parte a descoberta de novos povos e culturas, no topo do arco pode ler-se "VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO.PPD“, que, traduzido, significa "Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”. Um pouco de latim nunca fez mal a ninguém.

 

 

 

Casa dos Bicos - Fundação José Saramago

O edifício foi construído em 1523, a mando de D. Brás de Albuquerque, filho do segundo governador da então Índia portuguesa, e com o terramoto de 1755 perdeu os dois últimos andares. A família Albuquerque vendeu-a em 1973, (entretanto fora utilizada como armazém e como sede de comércio de bacalhau). Hoje alberga a fundação dedicada à vida e à obra do Nobel da Literatura existe desde 2007, instalando-se em 2012 neste espaço a um pulo de Alfama. A visita permite acompanhar a exposição permanente sobre José Saramago (1922-2010). Se estiver a par da agenda, pode apanhar lançamentos de livros, palestras e outros eventos.

 

 

Sé Catedral de Lisboa

Se vir um grupo de forasteiros oriundos do novo continente boquiabertos em frente à Sé, não estranhe. É que o edifício, em estilo românico, é mesmo muito antigo. Começou a ser levantado a partir de 1147 e foi terminado nas primeiras décadas do século XIII. O projecto, de três naves com trifório, transepto saliente ecabeceira com três capelas, é muito semelhante à da Sé de Coimbra. Se algumas expressões lhe soarem demasiado estranhas, tenha calma. Pode sempre apresentar esta morada como o local onde ano após ano, em Junho, jovens casais alfacinhas trocam juras de amor eterno. Se, por outro lado, gostar de história, aventure-se a conhecer as alterações que a Sé foi conhecendo ao longo das eras, ao sabor do gosto dos soberanos. O claustro em estilo gótico, por exemplo, remonta ao reinado de D. Dinis, enquanto o seu sucessor, Afonso IV, modificou a sua traseira. Chegados à primeira metade do século XX, uma vasta obra de restauro pretendeu devolver ao edifício o seu aspecto original. Foi reinaugurada com pompa em 1940, em pleno Estado Novo. Sete anos mais tarde, celebrava-se aqui o oitavo centenário da conquista de Lisboa aos Mouros. E isso dava toda uma outra história.

 

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