Passadiços em Portugal 8 caminhos pedestres para descobrir de norte a sul


Várias zonas do país colocaram em prática a mesma ideia e começaram a construir os seus próprios passadiços. Brevemente estarão concluídos os Passadiços do Pulo do Lobo no rio Guadiana, por exemplo. Descubra 8 passadiços que são óptimas alternativas aos Passadiços do Paiva.

 

Os mais famosos: Passadiços do Paiva

Os Passadiços do Paiva são, muito provavelmente, os mais conhecidos no país. Pelo seu arrojo arquitectónico, tamanho, localização, entre muitos outros factores que o colocam como um destino de passagem obrigatória para quem pretende conhecer os passadiços em Portugal.

Passadiços do Paiva



Esta obra-prima situa-se no interior do Arouca Geopark, na margem esquerda do Rio Paiva, concelho de Arouca, em Aveiro. Quando te fizeres à estrada para vir cá ter, já sabes: Aveiro é a tua principal referência, pela A1, e Arouca será o foco seguinte. Depois, deixa o GPS tratar do resto.

Aqui chegado, terás à tua disposição os Passadiços do Paiva. Oito quilómetros de passadiço com paisagens lindíssimas: descidas de águas bravas, cristais de quartzo ou até espécies em vias de extinção na Europa. O percurso atravessa duas praias fluviais — Areinho e Espiunca — havendo ainda, entre estas duas, a praia do Vau. Um autêntico paraíso!

O passeio pelos Passadiços do Paiva dura sensivelmente duas horas e meia. O nível de dificuldade é alto, mas a experiência é superior aos períodos complicados — leia-se, cansaço — que terás durante o percurso.

Passadiços do Paiva

Além dos Passadiços do Paiva, o Arouca Geopark — reconhecido pela UNESCO como Património Geológico da Humanidade — confere-te a possibilidade de visitares diversas aldeias tradicionais, estações de biodiversidade, uma rota de geossítios, museus e unidades interpretativas.

A zona é bem apetrechada de espaços para passares uma ou mais noites, pelo que não terás problemas em encontrar alojamento. O turismo rural, dizemos nós, deverá ser a melhor opção.

 

1. Passadiços do Sistelo

No Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Arcos de Valdevez, vais encontrar o Passadiço do Sistelo: tem cerca de dez quilómetros de extensão e percorre as margens do rio Covo, Alhal e Cerradinha. O passeio vai deixar-te sem fôlego: primeiro, pelas paisagens, depois pela sua duração, que pode estender-se até às três horas!



Passadiços do Sistelo

O percurso pedestre tem início na aldeia de Sistelo, onde poderás visitar o Castelo — um dos ex-líbris da pequena localidade — que foi habitado pelo Visconde de Sistelo durante o século XIX. A Ponte Romana e o Moinho, a Ermida de Nossa Senhora dos Aflitos e as Capelas de Santo António, São João Evangelista, Senhora dos Remédios e Senhora do Carmo são locais de passagem obrigatória durante o percurso no Passadiço do Sistelo.

No final, segue até ao Parque de Merendas de Sistelo, faz um piquenique e dorme uma sesta. Acredita, é o melhor que fazes!

A zona do Gerês tem bastante alojamento, pelo que difícil será escolher entre os vários espaços de qualidade com vistas de cortar a respiração.

 

2. Passadiço do Osso da Baleia



Na região centro, em Pombal, vais encontrar o Passadiço do Osso da Baleia. Ao contrário dos outros dois locais mencionados em cima, aqui vais dar por ti numa praia com o Atlântico à tua frente. A praia tem o mesmo nome do passadiço que, ao longo da zona dunar, permite observar a vegetação envolvente.

Passadiço do Osso da Baleia

Para matar tua curiosidade — sim, sabemos que estás a pensar no nome do passadiço e da praia — aqui vai a explicação de origem popular: no início do século XX, terá aparecido, neste areal, um esqueleto de baleia. O facto foi testemunhado pelos locais, que batizaram a zona com aquele nome. E ficou Passadiço do Osso da Baleia.

Já a praia, é detentora de bandeira azul e perfeita para quem gosta de mergulhar em águas mais ou menos agitadas e… frescas. Prepara-te, isto não são as Caraíbas.

Chegar até cá é fácil: A1, saída para Pombal e, daí, até esta praia. A dormida também é simples, não fosse esta uma cidade próxima de Leiria e Figueira da Foz.

 

3. Passadiços do Alvor

Mais a sul, no Algarve, encontrarás o Passadiço do Alvor, em Portimão. São seis quilómetros de extensão sobre as dunas que unem as praias dos Três Irmãos à Ria de Alvor. No verão, este passeio deverá convidar-te a um mergulho na praia. No resto do ano, a ideia passa essencialmente por contemplar toda a paisagem e o extenso areal que o passadiço abarca.

Passadiços do Alvor



Além de proporcionar uma caminhada bastante agradável, o Passadiço do Alvor tem ainda a vantagem de ser um excelente acesso às várias praias. O areal é grande, já o dissemos, pelo que toda a ajuda pode ser pouca para chegar ao mar ou, no limite, para evitar queimar os pés na areia nos dias de maior calor.

Se não fores um connoisseur do Algarve e de Portimão, deves colocar “Alvor” no GPS e vens, com toda a certeza, cá parar.

 

4. Passadiços do Alamal

Quando a discussão for sobre que passadiço em Portugal melhor conjuga beleza e facilidade na caminhada, a resposta só pode ser o Passadiço do Alamal, situado em Gavião, no distrito de Portalegre.

Passadiços do Alamal

Aqui, poderás percorrer um troço do vale do Tejo — dois quilómetros — sempre junto à água, enquanto vais observando as várias ilhas perdidas no maior rio português, praias fluviais ou até a presença das aves que habitam esta região.

O percurso faz-se entre a praia fluvial do Alamal e a ponte de Belver. Ah, quase nos esquecíamos de dizer que durante esta caminhada irás ver o castelo de Belver que, claro, pode e deve ser visitado.

Se a tua ideia for ficar alguns dias por aqui, sugerimos que contactes os serviços turísticos da Câmara Municipal de Gavião.

Para aqui chegares, deves seguir as indicações Portalegre, Gavião e, a partir daqui, Praia do Alamal. Depois daqui, não será muito difícil encontrares o Passadiço do Alamal e começares por fim, o teu desejado passeio.

 

5. Passadiço de Fiães



Na zona do distrito de Aveiro, perto de Santa Maria da Feira, situa-se o Passadiço de Fiães. É, talvez, um dos menos falados pelos aficionados das caminhadas, mas não deixa de ser uma bela opção. Afinal, estás perto de cidades como Aveiro — olá, Ovos Moles! — ou Porto — já marchava uma Francesinha.

Passadiço de Fiães

Mas antes de introduzires calorias, convém que as tires, pelo que te recomendamos o passeio de cerca de quatro quilómetros entre uma densa vegetação, curvas e contra curvas, cascatas e uma enorme variedade de aves, sempre com o rio Uíma como cenário e companheiro de viagem.

Este, é não uma óptima alternativa aos Passadiços do Paiva, como é também um passadiço especialmente pouco exigente. Dá-te a oportunidade de mergulhares na natureza que engole Fiães e Corga do Lobão. Deves ainda visitar uma torre de observação de aves que vai fazer maravilhas dos amantes de birdwatching (observação de aves). Se és um, experimenta!

Se após a caminhada a fome apertar e não tiveres tempo de te deslocares às cidades das Francesinhas e dos Ovos Moles, aproveita os parques de merendas para tapar o buraco do estômago. Depois, com calma, dás um pulo a Aveiro e, mais tarde, à Invicta.

 

6. Passadiço da Foz do Arelho

Regressamos ao distrito de Leiria para te falarmos daquele que é, provavelmente, o passadiço mais original do país: o Passadiço da Foz do Arelho. São apenas 800 metros, é verdade, mas garantimos que valem a pena.



Passadiço da Foz do Arelho

Este passadiço, construído nas arribas da Foz do Arelho, está estrategicamente localizado para que contemples o Oceano Atlântico na sua plenitude. O nosso conselho: escolhe o pôr do sol ou o amanhecer quando visitares o Passadiço da Foz do Arelho. Terás as fotos mais giras do Instagram — pelo menos durante um dia — isso é garantido.

Caso o Passadiços do Paiva seja longe para ti e se quiseres ser romântico(a), leva a tua cara metade até ao Passadiço da Foz do Arelho — obra prima da responsabilidade da arquitecta paisagista Nádia Schilliing — e transporta contigo dois copos e uma garrafa de vinho. E alguma coisa para comer, pois podes optar por aqui ficar algumas horas a olhar para o mar.

Chegar até cá é fácil: na A8, sais para as Caldas da Rainha e depois segues as indicações até à Foz do Arelho. Et voilá!

 

7. Passadiço Marítimo Gaia – Espinho

Vila Nova de Gaia é conhecida pela sua extensa faixa costeira, com aproximadamente 15 km de areal. É o concelho do país com mais praias ostentando o prémio Bandeira Azul. A requalificação de toda esta área contemplou a construção de um passadiço em madeira que permite percorrer a frente de mar livre de trânsito, ligando a praia de Lavadores a Espinho.

Passadiço Marítimo Gaia – Espinho

Ao longo da costa, existem vários locais de interesse para além da actividade balnear, entre os quais se destacam a Capela do Senhor da Pedra, em Miramar, a vila piscatória da Aguda e finalmente, o lugar da Granja, uma das mais famosas antigas estâncias balneares portuguesas. O percurso é extenso mas fácil, sendo verdadeiramente espectacular.

 

8. Barrinha do Esmoriz

Na Barrinha do Esmoriz mora um dos mais recentes passadiços do país — concluído em 2017. Possui oito quilómetros de extensão e une as margens das freguesias banhadas pela lagoa: Esmoriz, em Ovar e Paramos, em Espinho.

Barrinha do Esmoriz



A caminhada pela Barrinha de Esmoriz pode ser realizada com vários objectivos — destinos, entenda-se — em mente: visitar a praia de Esmoriz e de Paramos, a estação de comboio de Esmoriz, e a ponte que une aqueles dois municípios. Pelo meio, há também um posto de observação de aves, mobiliário urbano e pontos de descanso e visita.

A lagoa, as pontes e a vegetação que acompanham a tua caminhada são motivos mais que suficientes para quereres repetir o passeio pela Barrinha do Esmoriz.

Para aqui chegares, recomendamos a A1, saída para Ovar e, de seguida, ir atrás de tudo o que indique Esmoriz. Se não estiveres confortável, usa o GPS que te fará chegar a bom porto. Entenda-se, a Barrinha de Esmoriz.

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