1. Estação do Rossio (Lisboa)
Situada entre a Praça do Rossio e a Praça dos Restaurados, esta estação é uma emblemática obra Neo-Manuelina, construída 1886/7, desenhada pelo arquitecto José Luís Monteiro, destinada a ligar a cidade à Linha de Sintra.
Recentemente renovada, a Estação surpreende pela sua fachada de oito portas que combinam com as nove janelas e com o relógio situado no topo central, profusamente decorado. Salta hoje à vista a sua cor original branca no exterior, coberta durante longos anos pelo cinzento da poluição que já a caracterizava.
Obra arquitectónica arrojada para altura, uma vez que se optou incluir numa pública estação de caminho-de-ferro um estilo arquitectónico e uma corrente estética normalmente até aí utilizadas a edifícios Reais, nobres ou de algum modo conotados com o poder.
Estação de São Bento (Porto)
A Estação de São Bento é um dos lugares de visita obrigatória para quem passagem pelo Porto. Esta estação foi construída durante o século IX, sobre os escombros de um antigo convento.
Com cobertura de vidro e ferro fundido, o edifício foi projectado pelo arquitecto José Marques da Silva e está classificado como Imóvel de Interesse Público. O seu átrio é revestido a 20.000 azulejos, o que a torna num dos maiores monumentos da azulejaria portuguesa
Da autoria do pintor e ceramista Jorge Colaço, os painéis de azulejos ilustram não só momentos marcantes da História de Portugal, como também a evolução dos transportes e as regiões do país.
Estação do Pinhão (Alijó)
A Estação do Pinhão, localizada na margem direita do rio Douro, junto à confluência com o rio Pinhão, é um belo exemplar da arquitectura ferroviária portuguesa. Os painéis de azulejos foram encomendados em 1937 à Fábrica Aleluia, de Aveiro, para revestir as fachadas no intervalo dos vãos do piso térreo.
Foram pintados pelo artista J. Oliveira a partir de registos fotográficos sobre a região demarcada do Douro e representam paisagens, fainas agrícolas e costumes desta região vinhateira.
A estação ferroviária do Pinhão tem sido uma excepção entre as cerca de vinte existentes na linha do Douro a montante da Régua. A maioria está votada ao completo abandono, com visíveis sinais de destruição.
Estação de Aveiro
O antigo edifício da estação de Aveiro apresenta uma fachada totalmente decorada de azulejos policromos, em tons azuis e amarelos, que representam várias cenas ferroviárias, naturais e de cultura e actividades tradicionais.
O que diferencia esta estação de muitas demais é o facto de esta conter, na sua fachada, monumentais painéis de azulejos policromos (azuis e amarelos) representando cenas ferroviárias, naturais, culturais assim como actividades tradicionais desta região.
Aqui poderá passar algum tempo admirando os diferentes motivos e cenas na fachada Oeste, Este e no edifício dos Sanitários. Alguns dos mais populares elementos são: O Pescador, a peixeira, o canal central de Aveiro, as salinas, as armas da cidade e muitos outros.
Estação de Vilar Formoso
A estação, com a sua decoração a azulejo, é das mais bonitas de Portugal. O autor é João Alves de Sá, também responsável por painéis doutras gares portuguesas como Rio Tinto, Estremoz ou Sul e Sueste (Lisboa).
Parece ter havido a preocupação de revestir a azulejo todo o espaço disponível, contando-se meia centena de belos painéis.
Estes, na sua maioria, foram concebidos como mostruário das belezas turísticas do Portugal dos anos 30 e 40, da Torre de Belém, ao castelo de Guimarães ou do Mosteiro da Batalha à ermida de São Brás, em Évora.