Cerca medieval de Évora
A cerca medieval de Évora, também referida como cerca nova de Évora ou muralhas fernandinas de Évora, refere-se í s muralhas da cidade de Évora erigidas por D. Afonso IV e D. Fernando I. Localizam-se na freguesia da Santo Antão, na cidade de Évora, em Portugal.
O seu conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1922, e integra o conjunto do Centro Histórico de Évora, inscrito como Património Mundial da UNESCO.
Ainda que se desconheça o momento específico da 1ª Dinastia portuguesa em que se decidiu dotar Évora de novas muralhas, tudo aponta para o reinado de D. Afonso IV, monarca que residiu na cidade durante largos períodos e de onde partiu para a Batalha do Salado. O burgo, entretanto, havia crescido em importância e em área urbana, não apenas beneficiando do fim da Reconquista no ocidente peninsular, mas também do amplo programa reordenador de D. Dinis. Uma breve análise à planta de Évora revela bem a dimensão dos novos bairros surgidos em torno do primitivo centro de origem romana e islâmica. Devido à amplitude desta iniciativa, as obras arrastaram-se durante muito tempo, sendo concluídas no reinado de D. Fernando, razão por que alguns autores a referem como cerca fernandina.
Esta estrutura baixo-medieval mantém-se nas suas linhas essenciais, com troços bastante bem conservados e peças de arquitectura verdadeiramente significativas na dinâmica urbanística da cidade. As Portas de Avis (referida em 1353), de Alconchel, de Mendo Estevens ou do Moinho de Vento, apesar das transformações posteriores, constituem pontos fundamentais para a compreensão desta muralha medieval.
Convento dos Remédios em Évora
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Convento de Nossa Senhora dos Remédios fica situado junto à Porta de Alconchel, freguesia de Horta das Figueiras, na cidade de Évora.
Esta casa religiosa foi fundada no ano de 1606, pelo Arcebispo de Évora D.Teotónio de Bragança, para os frades da Ordem dos Carmelitas Descalços. O convento, erguido extra-muros, caracteriza-se arquitectonicamente pelas linhas severas impostas pelo Concílio de Trento. Na fachada principal, ornada com o brasão eclesiástico do fundador, destaca-se a imagem de mármore de Nossa Senhora dos Remédios. O convento adoptou esta denominação porque os carmelitas descalços, ao chegarem a Évora (antes da edificação do convento) ocuparam a antiga ermida de Nossa Senhora dos Remédios (na Rua do Raimundo).
Na sequência da remodelação da Ordem do Carmo, os carmelitas descalços instalaram-se no séc. XVI em Évora, fora da muralha fernandina, frente à torre de menagem. A Igreja foi sagrada em 1614.
Devido à sua localização, o Convento teve papel de relevo nos assédios de Évora: durante a guerra da independência (Maio de 1663), foi palco de combates entre castelhanos e portugueses; e na lª. invasão francesa (Loison), o Convento foi ocupado e saqueado (Julho de 1820).
O interior da igreja apresenta um notável conjunto de talha dourada do estilo barroco-rococó, sendo uma das igrejas eborenses mais rica desta arte. Em 1792, deu-se neste convento o famoso caso da Beata de Évora.
Após 1834 (Extinção das Ordens Religiosas em Portugal), o edifício e cerca entraram em posse do estado, que em 30 de Maio de 1839 o cedeu à Câmara Municipal de Évora, para instalação do cemitério público. Para entrada do cemitério felizmente se aproveitou, do demolido Mosteiro de São Domingos, o grandioso portal de mármore (1537), atribuído ao escultor Nicolau de Chanterene.
Presentemente encontram-se instalados no antigo Convento o Conservatório Regional Eborae Musica, além de um núcleo museológico municipal.
Paço Ducal de Vila Viçosa
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Paço Ducal de Vila Viçosa é um importante monumento situado no Terreiro do Paço da vila alentejana do distrito de Évora. Foi durante séculos a sede da sereníssima Casa de Bragança, uma importante família nobre fundada no século XV, que se tornou na casa reinante em Portugal, quando em 1 de Dezembro de 1640 o 8º Duque de Bragança foi aclamado Rei de Portugal (D. João IV) e, mais tarde, daria origem à Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota.
O Paço Ducal representa um dos mais emblemáticos monumentos de Vila Viçosa. A sua edificação iniciou-se em 1501 por ordem de D. Jaime, quarto duque de Bragança, mas as obras que lhe conferiram a grandeza e características que hoje conhecemos prolongaram-se pelos séculos XVI e XVII.
Os 110 metros de comprimento da fachada de estilo maneirista, totalmente revestida a mármore da região, fazem deste magnífico palácio real um exemplar único na arquitectura civil portuguesa, onde estadiaram personalidades de grande projecção nacional e internacional.
De residência permanente da primeira família da nobreza nacional, o Paço Ducal passou, com a ascensão em 1640 da Casa de Bragança ao trono de Portugal, a ser apenas mais uma das habitações espalhadas pelo reino. Nos reinados de D. Luís e D. Carlos as visitas frequentes ao Paço Ducal são retomadas, assistindo-se, ao longo do século XIX, a obras de requalificação que visavam oferecer maior conforto à família real durante as excursões venatórias anuais.
Convento de São José (Évora)
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Convento de São José da Esperança, popularmente chamado Convento Novo (por ter sido a última casa religiosa da cidade), situa-se no Largo de Avis, Construídos entre 1720 e 1933, assenta em adro de escadaria granítica, merecendo destaque a portaria e a fachada do templo, rasgados por portais de interessantes ornatos barrocos, edículos e cartelas de volutas com enrolamentos, também de pedra regional.
O Mosteiro, de freiras da Ordem das Carmelitas Descalças, foi fundado em 13 de Março de 1681 por duas senhoras eborenses: Feliciana e Eugénia da Silva, tendo depois o patrocínio do Arcebispo de Évora D.Frei Luís da Silva Teles. O Convento de São José da Esperança, conhecido também por Convento Novo pelos eborenses, fica situado no Largo de Avis, em Évora. Foi classificado como Monumento Nacional no ano de 2008. O nome Convento Novo tem a ver com o facto de ter sido a última casa religiosa a ser edificada na cidade de Évora.
O edifício, ao mesmo tempo severo e simples, é tipicamente barroco, sendo a igreja um exemplar da arte da talha dourada eborense.
O edifício (que conserva praticamente intacta a sua arquitectura conventual), teve várias utilizações, sendo hoje a Secção Feminina da Casa Pia de Évora.
Foi classificado como Monumento Nacional (MN) em 2008 por se encontrar inserido em conjunto inscrito na LPM.
Museu da Luz localiza-se na aldeia da Luz Mourão, Évora, Alentejo
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Museu da Luz é um museu localizado na aldeia da Luz, concelho de Mourão, Évora, Portugal.
Fundado em 2003, este espaço reúne toda a informação sobre a relocalização da aldeia da Luz, com fotografias, vídeos e coleções etnográficas e arqueológicas.
O museu localiza-se na aldeia da Luz (Mourão, Évora, Alentejo), emblemático território de Alqueva.
Acessos Norte: de Évora, seguir a direção Reguengos de Monsaraz > Mourão > Luz. Dista cerca de 65km de Évora.Sul: da Barragem de Alqueva, seguir a direção Moura > Póvoa de São Miguel > Luz. Dista cerca de 40km da barragem e 80Km de Beja.
Coordenadas GPS Longitude -7.381645 Latitude 38.344322
Estacionamento no largo do Museu.O Museu da Luz é acessível para pessoas com mobilidade reduzida.
Villa Lusitano-Romana de Torre de Palma Évora
A Villa Romana de Torre de Palma situa-se a cerca de 5 Km de Monforte, na herdade de Torre de Palma. Trata-se de uma vasta vila romana que de certo modo pertenceu a uma poderosa família Romana, os Basílios, nome é conhecido através de uma inscrição encontrada no local, construíram uma majestosa residência, aí se fixando permanentemente possivelmente desde o século II até o IV.
Castelo de Portel Alentejo
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Castelo de Portel,no Alentejo, localiza-se na vila, freguesia e concelho de mesmo nome, distrito de Évora, em Portugal. Monumento Nacional Séc. XIII-XVI - Fundado por D. João Peres de Aboim em 1261, o castelo foi alvo de uma significativa campanha de obras dirigida pelo arquiteto Francisco Arruda, no reinado de D. Manuel I, da qual se destaca a edificação do Paço dos Duques de Bragança e da Igreja de São Vicente no interior do recinto, hoje em ruínas. O amuralhamento da chamada “Vila Velha” observou-se entre os finais do século XIII e princípios do seguinte.
Em um dos contrafortes da serra de Portel, ergue-se em posição dominante sobre a vila medieval. Nas vizinhanças merecem visita, além do castelo, a Igreja Matriz da Vera Cruz, as grutas de Algar e a barragem do Alqueva.
É uma fortaleza localizada na zona conhecida como Alentejo, que pertence pela sua vez à vila, freguesia e concelho do mesmo nome e que forma parte do Distrito de Évora em Portugal. O Castelo de Portel foi construído nos fins do século XIII por D. João Peres de Aboim, nobre muito próximo do Rei D. Afonso III, quem serviu-lhe incluso como mordomo-mor e também desempenho o cargo de governador de Algarve, região localizada na zona meridional de Portugal.
Palácio de Dom Manuel em Évora
O Palácio de Dom Manuel, sito em Évora, Portugal, outrora conhecido por Paço Real de S. Francisco foi mandado construir por D. Afonso V, que desejava ter na cidade um paço real fora do castelo para se instalar. O paço, habitado por vários monarcas portugueses, entre os quais D. Manuel I, D. João III e D. Sebastião, perdeu-se definitivamente no ano de 1895, tendo sido mandado destruir em 1619, aquando da visita de Filipe III ao país, que mandou destruir o palácio em pról da comunidade.
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Palácio de D. Manuel é o que resta do grande conjunto palaciano de S. Francisco, pois foi a partir do Convento de S. Francisco que se desenvolveu o novo e grandioso Paço Real de Évora, que passou a alojar a corte e onde teve lugar o casamento do infante D. Afonso, filho de D. João II, com a Infanta Isabel de Castela em 1490. Coube ao rei D. Manuel I, o Venturoso, que subiu ao trono em 1495, imprimir ao conjunto monumental a grandiosidade e a beleza arquitetónica que ostentava.
O paço era, segundo crónicas da altura, um dos edifícios mais notáveis do reino, tendo como principais construções o claustro da renascença, a Sala da Rainha, o refeitório e a biblioteca régia, sendo esta uma das primeiras do país.
Atualmente, o que resta do palácio é apenas a Galeria das Damas, representante exímia do estilo manuelino, mas com traços da renascença e que sobreviveu devido à sua utilização para Trem Militar. Esta compõe-se de um piso térreo, de planta rectangular, onde subsiste a Galeria, um pavilhão fechado e o alpendre. No piso superior existem dois salões e um vestíbulo de estilo mourisco. Do lado de fora existe o torreão, este é constituído por dois andares e terminando num pináculo hexagonal com uma porta manuelina.
Anta Grande do Zambujeiro Évora
Anta Grande do Zambujeiro é um monumento megalítico de tipo dolmen próximo de Valverde, Évora, Alentejo, Portugal, um dos maiores que existem na Península Ibérica.
Foi construído entre 4.000 e 3.500 antes de Cristo. Consiste numa única câmara, utilizada durante o neolítico como um local de enterro e possíveis cultos religiosos. A câmara em forma poligonal é feita de sete enormes pedras de 8 metros de altura. Originalmente eram cobertas por uma pedra com 7 metros de largura. Um corredor com 12 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 2 de altura conduz até a câmara. A entrada estava assinalada por um enorme menir decorado, actualmente tombado.
Uma grande quantidade de achados arqueológicos encontrados durante as escavações encontram-se no Museu de Évora. A Anta Grande do Zambujeiro foi declarada património de interesse Nacional em 1971 pelo decreto lei 516/71, de 22 de Novembro. Este monumento ilustra a capacidade técnica e a complexidade da organização social das populações neolíticas que o construíram.
A anta Grande do Zambujeiro localiza-se numa área aplanada, na margem direita da ribeira de Peramanca, nas imediações da aldeia de Valverde, a cerca de 12 km a sudeste da cidade de Évora.
Este monumento megalítico, o maior de Portugal e um dos maiores da Península Ibérica, é constituído por uma câmara de planta poligonal, formada por sete esteios de grandes dimensões (comprimento de 5,70 m; largura de 5,50 m e altura de 5 m) de granito, inclinados para o interior, coberta por uma grande laje, que atualmente se encontra no lado poente da estrutura e por um corredor de planta retangular alongado e baixo (comprimento de 8,8 m e largura de 2,8 m), formado por 16 esteios e coberto por lajes dispostas transversalmente. O acesso ao monumento seria precedido por um átrio, no qual se identifica uma estela de granido de grandes dimensões. Esta anta estava envolvida por um tumulus de planta circular, com cerca de 50 m de diâmetro e 9 m de altura. Na área sudeste da colina tumular identificou-se uma estela de contorno sub-retangular, com a face decorada com cerca de 70 covinhas, que poderá ter sido erguida numa fase posterior à construção da anta.
Museu de Évora para visitar no Alentejo
O Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, vulgarmente conhecido por Museu de Évora, é um museu nacional situado em Évora, Portugal. Ocupa o antigo Palácio Episcopal, junto da Sé Catedral de Évora, em pleno centro histórico.
O Museu de Évora é um dos mais importantes da cidade e, por isso, foi remodelado em 2009. A fachada está com um aspeto fantástico, mas é no interior que foram feitas as maiores modificações. Para mim, neste momento, as coleções e todo o espaço de exposições do Museu de Évora estão ao nível de muitos museus que vi pelo mundo.
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Museu de Évora, agora denominado Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, foi criado oficialmente a 24 de Fevereiro de 1915, tendo sido dotado no ano seguinte com o espólio dos objetos arqueológicos e artísticos reunidos na Biblioteca Pública de Évora e na Sé Catedral. Em 1929 foi definitivamente instalado no edifício dos antigos Paços Episcopais, onde abriu no ano seguinte e ainda permanece. Na década de 1940, sob a direção de Mário Tavares Chicó, o edifício sofreu profundas remodelações que lhe conferem o carácter atual.