Pena Enamorada dos penedos Aldeia do Xisto
Esta aldeia é o resultado perfeito da construção conjugando o xisto com o quartzito. Um castanheiro secular guarda a entrada da aldeia.
As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo de um promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade.
Uma única rua e várias pequenas quelhas, tecem a malha urbana de Pena. Os materiais de construção predominantes são o xisto e o quartzito. Algumas fachadas estão rebocadas e pintadas com cores tradicionais. Uma ou outra casa construídas na segunda metade do séc. XX não conseguem perturbar a harmonia arquitectónica da aldeia.
Todas as casas erigidas com blocos de xisto obedeceram a regras de construção de modo a se afirmarem resistentes às intempéries e ao passar do tempo. Dispostas em aglomerados, incluem dois pisos: o piso assobrado, ou primeiro andar, e o rés-do-chão, geralmente térreo, que deveria albergar o gado. Contudo, também desta regra surgiu a exceção e construíram-se nas imediações de cada povoação vários grupos de currais, ou cortes. Cada um ou mais destes edifícios era propriedade da respetiva casa da comunidade, consoante o património e poderio do proprietário, em cabeças de gado. O segundo piso funcionava também como loja, uma área de arrumos, onde estariam armazenados os cereais, a talha com o azeite, a salgadeira com a carne de porco, as alfaias agrícolas e, por vezes tinham ainda uma pequena adega com pipas e dornas de fazer o vinho.
- Alminha
É o único elemento de vocação religiosa. Encontra-se no cimo da aldeia.
- Moinho de água
Implantado sob a aldeia na margem esquerda da Ribeira da Pena (particular)
- Alambique
Localizado na rua que atravessa a aldeia (particular);
- Levada de água
Uma extensa levada de água desenvolve-se ao longo da margem esquerda da Ribeira da Pena.
- Fontanário
No centro da aldeia, é tratado com todo o carinho pelos habitantes da aldeia.