Os 5 bairros mais bonitos de Lisboa


Alfama é um dos bairros mais genuínos de Lisboa, a sua arquitectura apresenta características peculiares de prédios antigos e coloridos que lhe conferem um carácter de alegria e tranquilidade. Passear pelo bairro de Alfama é um convite para perder-se entre ruelas extremamente encantadoras. Fácil de se perder, mais fácil ainda de se encontrar! Alfama é um dos bairros mais antigos de Lisboa e foi fundado pelos árabes que lhe deram o nome “Al-hama”, que significa ‘fonte de águas quentes, águas boas’. Não se vive uma experiência genuína em Lisboa sem se perder entre os becos e encantos do bairro que é considerado o coração da cidade. Ao andar pelas ruelas desordenadas e estreitas de Alfama, vai sentir-se numa pequena aldeia e presenciar conversas entre vizinhos, ouvir o fado que ecoa pelas escadarias e ainda ver o Tejo numa outra dimensão.

Alfama



O cool de explorar Alfama é sentir o verdadeiro espírito do bairro e surpreender-se com as características peculiares de prédios típicos com telhados inclinados, roupas a secar nos estendais que reforçam a intensidade das cores e a vida diária dos moradores com os seus costumes. Para além disso, se a intenção é conhecer os espaços mais tradicionais do bairro de Alfama, então a calçadinha de Santo Estêvão é passagem obrigatória, assim como admirar a fantástica vista do Miradouro de Santo Estêvão. Uma espreitadela na Igreja de São Vicente de Fora, no Panteão Nacional e no Chafariz d’elRei – que terá sido o primeiro chafariz público na cidade de Lisboa – são indispensáveis. Perder-se pelas ruelas de Alfama é necessário, principalmente para quem adora surpreender-se com traços típicos de uma cultura que existe há séculos. Melhor do que descrever Alfama, é perder-se por lá, desfrutando de uma sensação excepcional de estar num bairro único. Para além disso, se por lá estiver em Junho, divirta-se na festa de Santo António. Nos dias 12 e 13 de Junho, Alfama fica ainda mais atractiva, movimentada e claro… colorida e alegre!

 

2. Bairro Alto



Localizado na 7ª colina de Lisboa, o Bairro Alto é um dos bairros mais antigos e peculiares de Lisboa, onde a noite lisboeta ganhou fama por ser muito animada e divertida. O Bairro Alto tem vida e características próprias e é, sem dúvida, um sítio para visitar e voltar sempre que quiser! Gosta de perceber as mudanças do dia para a noite num espaço? No Bairro Alto terá oportunidade para ver de perto essa transformação. Durante o dia é um bairro calmo e sereno. Depois do pôr do sol, a vida nocturna dá as boas-vindas ao movimento, transformando as ruas num verdadeiro festival de gente em pé, cheio de habitantes e turistas de diferentes culturas e estilos.

Bairro Alto

Para além da atmosfera festiva, pelas ruas estreitas e empedradas do Bairro Alto, terá à disposição vários restaurantes típicos, bares e cafés, casas de fado e discotecas onde se poderá divertir-se pela noite dentro. Mas, engane-se quem pensar que de dia tudo está adormecido no Bairro Alto. Por lá há de tudo, desde que seja intenso em alegria e vida! Sob a luz do dia perca-se no encanto dos pormenores da arquitectura típica, espreite as casas seculares e o espectáculo de cor nas varandas com os estendais cheios de roupas, visite também o comércio tradicional e artesanal e desafie-se a encontrar miradouros.

 

3. Mouraria



A Mouraria é o bairro onde foi permitido aos mouros viver depois da conquista de Lisboa em 1147, até serem expulsos juntamente com os judeus em 1497. Pouco sobrevive desse tempo a não ser vestígios da Cerca Moura, mas curiosamente é ainda hoje o bairro mais multicultural da cidade. A maioria da população estrangeira é do Bangladesh, sendo os restantes imigrantes chineses, indianos, paquistaneses e moçambicanos.  É, no entanto, um bairro tipicamente lisboeta, conhecido como o berço do Fado. Era aqui que a primeira grande fadista vivia no século XIX, a mítica Severa que se apaixonou por um conde e levou a música do povo aos salões aristocratas.

Mouraria

Outros grandes nomes ligados ao Fado viveram no bairro, como Mariza, que cresceu nestas ruas antes de chegar aos grandes palcos do mundo. É um bairro que se tem degradado, mas obras de requalificação desde 2009 têm-no colocado novamente no mapa. Atrai curiosos pela mini-“Chinatown”, pelos quiosques na Praça Martim Moniz que servem a cozinha de vários países, e pelo renovado Largo do Intendente que esconde uma das mais belas fachadas em azulejo da cidade. Outro tesouro escondido é o antigo Colégio dos Meninos Órfãos na Rua da Mouraria, hoje dividido em vários serviços, mas com uma escadaria coberta de painéis de azulejos setecentistas com passagens do Antigo e do Novo Testamento. A procurar é também a curiosa “casa medieval” (uma das mais antigas de Lisboa), no Largo da Achada por trás da Igreja de São Cristóvão, com as suas portas e janelas ogivais.

 

4. Príncipe Real

Este bairro encantador (o nome deve-se a D. Pedro V, filho de Dona Maria II) encontra-se a norte do Bairro Alto, e apesar de ser conhecido pelas suas lojas de antiguidades e pelos bares gay há já algum tempo, tem se tornado um dos melhores bairros comerciais de Lisboa. No entanto, continua a ser essencialmente um bairro residencial, com jardins, duas das praças mais tranquilas da cidade e palacetes coloridos. Todo o seu encanto faz com que seja uma das zonas mais procuradas para arrendamento e compra de casa, e as empresas imobiliárias vão ao encontro dessa procura.

Príncipe Real



Edifícios antigos têm vindo a ser recuperados, atraindo uma população mais jovem, e fala-se agora de uma transformação ao estilo Georgetown de Washington DC. Esse bairro de charme tornou-se o bairro da moda da capital americana depois de uma empresa imobiliária ter reabilitado a zona, e essa mesma empresa quer fazer o mesmo neste bairro lisboeta, depois de ter adquirido vários edifícios. Descendo a colina chega-se ao bairro de São Bento, conhecido pelo palácio neoclássico da Assembleia da República e pelos antiquários na Rua de São Bento.

 

5. Graça

Na mais alta colina da cidade de Lisboa está situado o Bairro da Graça, um dos mais antigos e belos da capital, edificado em terras onde, por volta constituição da nacionalidade, se encontrava um imenso olival. A Graça viu aumentar o seu número de habitantes após o terramoto de 1755, e esses novos habitantes constroem residências simples, e também imponentes Palácios. Na altura da extinção das ordens religiosas o Bairro da Graça sofre uma grande mudança, o Convento passa a Quartel, a Igreja do Largo de Santa Marinha é demolida, e grande parte dos terrenos conventuais foram expropriados e vendidos a particulares.

Graça



Com a industrialização do Beato e Xabregas, a Graça conhece novos habitantes, desta feita operários que ali decidem morar. Passa-se para o período dos pátios, dos bairros operários e, sobretudo, das vilas operárias construídas com sentido estético e critérios urbanísticos. A Graça passa, nessa época, a ser uma região de vilas operárias, como a Vila Estrela de Ouro, construída em 1908, ou a Vila Berta, construída entre 1902 e 1908. Com uma curiosa mistura de cosmopolitismo e ruralidade, a zona é conhecida e procurada pelos seus Miradouros, onde se pode desfrutar de uma das mais belas vistas da cidade.

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