Escolha complicada: as esplanadas de Lisboa são cada vez mais e de melhor qualidade. Ficam aqui 12 onde se come muito bem, sempre com vistas fantásticas.
Aproveitam os altos e baixos, os belíssimos miradouros para o rio e a multidão de pequenos espaços verdes espalhados pela cidade: as esplanadas de Lisboa estão em pleno crescimento. Elas sempre existiram e os lisboetas gostam de apanhar viver a rua, mas a moda implantou-se nos últimos anos. Nascidas um pouco por todas as esquinas, parques e terraços, há esplanadas para todos os gostos. Das tribos alternativas até ao executivo com o seu gin, as esplanadas de Lisboa têm um pouco de tudo. Conheçam 12 que estão entre as nossas preferidas.
Tem 2 DJ´s ao fim da tarde e à noite e fica perto do topo da Calçada do Combro. A localização é perfeita para acolher tanto quem sai do trabalho e procura um momento de relax ou quem anda a visitar o centro de Lisboa. O ritmo da seleção musical acelera com o cair da noite mas a vista é tudo o que basta para respirar tranquilamente. Está na moda e enche-se na altura do verão mas ainda não perdeu o brilho.
A vista pode ser o motivo para vir aqui pela primeira vez, mas o estômago vai obrigar ao regresso. Come-se bastante bem e, com uma secção coberta, pode acolher-nos em qualquer altura do ano. Na rua de Santa Catarina, a olhar para os barcos no Tejo, a mesa vai-se enchendo das mais diversas propostas. O brunch é uma aposta segura, a tábua de queijos também e os camarões crocantes são excelentes. Não deve haver muitas hipóteses de errar aqui!
Junto ao Museu Nacional de Arte Antiga, o rio pode ser o mesmo mas a proximidade é diferente. A vizinhança e o maior afastamento da Baixa ditam um clientela um pouco diferente e mais tranquila. Tem vista para o porto e contentores, com a ponte e um pôr do sol magnífico a comporem a paisagem. Na carta vale a pena experimentar o risoto de pato e o magnífico gelado de pastel de nata.
Surgiu como um dos espaços da moda há mais de uma década, mas a Doca de Santo Amaro também mudou. Apesar de continuar a ter o seu público à noite, durante o dia tornou-se um espaço muito mais familiar. Há pizzarias e bons restaurantes de peixe, com menus mesmo a preceito para um almoço em família. Na direção de Belém, os passeios de bicicleta e a visita ao MAAT são duas opção agradáveis.
Se São Pedro de Alcântara já tem aquela vista sobre a colina do outro lado, imagine se fosse mais alto. Ou, em vez de imaginar, suba a este rooftop que lhe permite ver ainda mais longe. Depois do elevador, conta-se que é o mais velho de Lisboa, espera-o a paisagem e um carta muito interessante. Os pratos vão mudando, com novas apostas regulares, e há um menu de degustação para experimentar uma maior variedade. Vá fornecido de alguma paciência, pois o serviço no verão pode estar sobrecarregado.
Praça do Comércio
Demorou alguns anos mas a evolução foi paulatina. Finalmente a Praça do Comércio está aberta a todos, com uma série de esplanadas a convidar à visita demorada. Já não é só lugar de passagem ou parque de estacionamento e tem agora diversos e sofisticados restaurantes. O Marinho da Arcada ganhou a companhia de comida mediterrânica, gelados, mariscadas e até pastéis de bacalhau com queijo. É um Terreiro do Paço mais “burguês” do que no passado, mas é uma zona renovada da melhor maneira.
Depois de mudança de gerência, a clientela desta esplanada ao pé do “Miradouro do Adamastor” alterou-se um pouco. Mais preenchida agora com estrangeiros que procuram uma vista para o Tejo, continua acolhedora e simpática. Tem um espaço para as crianças brincarem, uma parte coberta e duas zonas de esplanada. Serve acima de tudo refeições ligeiras, saladas e tostas, mas tem opções suficientes para entreter qualquer jantar de amigos.
É uma das mais antigas e clássicas esplanadas da cidade, anterior a esta moda dos últimos anos. No meio da sombra das árvores e na companhia do sino da Igreja da Graça, é um local idílico para repouso no verão. A vista sobre a Baixa é excelente e é um bom ponto de repouso para um passeio na Graça. Da colina em frente, o Castelo de São Jorge incita-nos a voltar ao caminho.
Os lisboetas de gema tendem a evitar o Largo das Portas do Sol. Os turistas podem tornar o local intransitável, mas a verdade é que continua a ser o cartão postal da cidade. Enquanto passa o elétrico, a ir e vir da Baixa e do Castelo, ficamos na companhia de Alfama. A vista é Lisboa em estado puro, que podemos apreciar na companhia de uma sangria ou limonada.
Já na linha que delimita Lisboa, virada para a Torre de Belém, esta esplanada fica no Centro Champalimaud em Algés. É um espaço moderno e arrojado mas que conta com a presença do Tejo mesmo ao lado. A comida faz a ponte entre os sabores portugueses e uma tendência internacional, com resultados positivos. Bons risotos, acompanhados por uma excelente carta de vinhos, para um momento um pouco mais afastado da capital.
Depois das longas obras que a tornaram intransitável, a Ribeira das Naus voltou a ser a face ribeirinha da Baixa. Não dá para tomar banho, mas lisboetas e turistas misturam-se em toalhas na relva a apanhar sol. Na zona mais perto do Cais do Sodré, o recente quiosque tem uma pequena esplanada mesmo ao lado do rio. Serve cocktails, sumos de fruta e refeições ligeiras.
A mais recente encarnação do terraço do Mercado do Chão de Loureiro inclui agora um restaurante com comida moçambicana. Se estiver a fazer o caminho a pé da Baixa para o Castelo, o melhor é parar aqui para espreitar o caminho já percorrido e, já agora, recuperar energias. O risoto de caranguejo e caril, talvez acompanhado pela sangria de champanhe, é a nossa recomendação