Tem apenas 40 habitantes no interior das muralhas é conhecido como o castelo do anel pelo seu formato
Sortelha é uma das mais belas e antigas vilas portuguesas, tendo mantido a sua fisionomia urbana e arquitectónica inalterada desde o renascimento até aos nossos dias. A visita pelas ruas e vielas do aglomerado, enclausuradas por um anel defensivo, e vigiadas por um sobranceiro castelo do século XIII, possibilita ao forasteiro recuar aos séculos passados, por entre as sepulturas medievais, junto ao pelourinho manuelino ou defronte à igreja renascentista.
Referida na documentação mais antiga como Pena Sortelha, o seu castelo roqueiro terá sido construído nos inícios do séc. XIII, formando uma pequena cidadela de 670m2 acessível, desde o exterior, por um postigo, virado para sul, conhecido como Porta da Traição. O castelo foi reforçado por uma Torre de Menagem, autónoma, comum nos castelos românicos mais antigos.
Ver esta publicação no Instagram
Ver esta publicação no Instagram
O foral é-lhe atribuído em 1228, por D. Sancho II, época em que terá sido construído o castelo, ou cidadela. Esta última corresponde a um castelo roqueiro, românico-gótico, com intervenção pontual do período manuelino, enquanto as muralhas, algo anteriores ao castelo, foram construídas tendo por base duas paredes fortes e paralelas, a modo de cofragem, entre as quais se preenchia o espaço com pedra grossa e gravilha.
Ver esta publicação no Instagram
A cidadela, situada no limite sul do perímetro amuralhado, tem uma torre de menagem situada no centro do recinto. De planta quadrada é maciça até à porta e conta com três seteiras. Como dado curioso referir um tabuleiro do Jogo do Moinho esculpido no maciço onde assenta esta torre. Também no interior deste castelo se conserva uma cisterna.
Ver esta publicação no Instagram
O acesso ao interior do castelo é assegurado por uma porta de arco abatido e em parte escavada no afloramento. Sobre ela, e como reforço defensivo, um balcão com mata-cães e, ao lado, as armas reais de D. Manuel I com esferas armilares. São também dignas de menção as troneiras que aí podemos observar (abertura para apoiar o tron, ou bombarda, uma peça de artilharia leve)