Utilizava, originalmente, cremalheira e cabo equilibrado por contrapeso de água como sistema de tração, passando, mais tarde, a ser movido a vapor. Em 1915, o ascensor que no dia da sua inauguração trabalhou 16 horas seguidas, foi eletrificado. 

Ascensor do Lavra é um funicular para transporte público coletivo, situado na Calçada do Lavra, em Lisboa. Inaugurado em 1884, é o elevador mais antigo da cidade de Lisboa; estabelece a ligação entre a rua Câmara Pestana e o Largo da Anunciada.

É propriedade da Companhia de Carris de Ferro de Lisboa e encontra-se classificado como Monumento Nacionaldesde 19 de Fevereiro de 2002 (Decreto-lei 5/2002, Diário da República 42, 1.ª série-B, de 19 de fevereiro de 2002).

O funicular foi construído pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard, (também responsável pela concepção de numerosas obras similares[1]), e inaugurado a 19 de Abril de 1884.

 

Com o dealbar do século XIX, Lisboa viu crescer o seu perímetro urbano e o número de habitantes, o que trouxe a necessidade de melhorar e modernizar a rede de transportes que servia a capital. Este processo implicava pensar na forma de ultrapassar as limitações que a topografia da cidade apresentava, nomeadamente as suas colinas.

 
 
 
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Uma publicação partilhada por Christian Candid Dvorak (@chris.lisboa.lx) a15 de Out, 2017 às 10:42 PDT

 
Foi neste contexto que surgiram as propostas pioneiras do engenheiro Raul Mesnier du Ponsard, que no último quartel de Oitocentos dotou a capital de nove ascensores. O primeiro a ser construído foi o Ascensor do Lavra, que liga o Largo da Anunciada à Travessa do Forno do Torel, subindo a Calçada do Lavra. 


A autorização para a edificação do elevador foi concedida em 1882 pela câmara municipal à Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, e no ano de 1884 o primeiro ascensor lisboeta era inaugurado. Inicialmente, funcionava por cremalheira e por contrapeso de água, e em 1885 foi experimentado um sistema a vapor para a ascensão. 


A estrutura do ascensor é constituída por dois carros, que circulam alternadamente em duas vias de carris de ferro, sobre as quais se dispõe o cabo que une as duas composições. No topo do percurso, mantém o pequeno cais de embarque suportado por estrutura de ferro forjado, com dupla escadaria em pedra e plataformas de acesso aos elevadores. As paredes são revestidas por lambril de azulejos. 


No ano de 1897 a quebra do cabo que ligava os dois carros provocou a inutilização do ascensor, que se prolongaria por vários anos. Em 1915, o elevador foi totalmente electrificado, retomando a actividade; desde então, o elevador só deixou de funcionar em 2006, por haver o perigo de derrocada de um edifício na Calçada do Lavra. Foi reaberto em Fevereiro de 2007. 
Catarina Oliveira 

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