O que fazer nas ilhas dos Açores


Na imensidão do azul do Atlântico erguem-se nove ilhas de uma pureza original e verde profundo.Matizadas por lagoas emolduradas de flores de cores várias, por crateras que escondem os mistériosda terra em antigos vulcões e por miradouros extasiantes de terra e mar, num convite irrecusável àredescoberta da tranquilidade bucólica na melodia do silêncio, cada vez mais raro.

Na extremidade Ocidental da Europa, cada ilha é um caleidoscópio de paisagens de gentes sensíveis eprofundas que nos oferecem, em cada sorriso, o rosa das azáleas e o azul das hortenses.As tradições são aqui conservadas com carinho, por uma comunidade ciosa de tantas e tão variadaspérolas que, para além da natureza, se refletem nos seus cantares, na sua gastronomia e na arquitetura,espelho da fé profunda deste povo

Arqueológicos Subaquáticos dos Açores, na Baíada Angra (Terceira). No iatismo, três grandesmarinas (Faial, Angra e Ponta Delgada) e múltiplosportos de recreio nas várias ilhas asseguramapoio a barcos e velejadores ou a possibilidadede aluguer de iates para uma aventurosanavegação entre ilhas.

Quanto ao whale watching,muitas são as empresas locais que proporcionama observação e fotografia das variadas espéciesde cetáceos encontráveis nestes maresou a emoção da natação com golfinhos.Com mares ricos em espécies, a pesca de lazer e desportiva encontra generosos pesqueirosao longo das costas de todas as ilhas açorianas.A cada passo, a natureza vulcânica, qual magistralarquitecto, modelou ao longo de milharese milhões de anos cada ilha – e tambémos fundos marinhos -, deixando manifestaçõesextraordinários em terra, no subsolo e nasprofundezas atlânticas.

Fumarolas, géisers,e múltiplas nascentes de variadas águas mineraise quentes que alimentam tépidas piscinas naturais.Extensos túneis de lava e grutas vulcânicas,visitáveis, que revelam os mistérios do vulcanismoe uma ainda pouco conhecida vida subterrânea.Fósseis marinhos expostos à superfíciede Santa Maria, que se contam entre os mais bempreservados do mundo - o mais antigo terá cincomilhões de anos. E o impressionante museu vivoque representa os Capelinhos, no Faial.A combinação de clima, natureza do solo, recobreas ilhas de uma exuberante vegetação em quepontuam espécies exóticas, algumas rarasou únicas no mundo – casos da florestaLaurissilva do Planalto dos Graminhais (SãoMiguel) e da Caldeira de Guilherme Moniz(Terceira) ou da Reserva Natural da Montanhado Pico -, cuidadosamente preservadas emextensas áreas classificadas e protegidas (existemmais de 100 áreas com estatuto de protecçãoambiental nos Açores). Culturas únicas na Europa,como o ananás e chá (São Miguel) ou o café (SãoJorge), dão-se neste clima. A que se juntam umaimensidão de outros saborosos frutos tropicais– maracujá, anonas ou capuchos
 
Belíssimosparques florestais, ricos em fauna e flora,ajardinados e abrindo-se a espaços de lazer emerendas, dão-se à visita e usufruto, Nas negrasescarpas das arribas costeiras, nas encostas quese precipitam das montanhas, ou nas paredesdeclinadas das grutas vulcânicas, o montanhismoe a escalada ganham vocação de aventurae vertigem. Incontornável é a subida ao céu, atéao cimo do Pico.

O baloonismo, para-quedismoe parapente – modalidade ali com provas que jámarcam presença no calendário nacional –, aliamà adrenalina o mais exclusivo dos olhares sobreas paisagens vulcânicas das ilhas.Para o repouso do corpo, um alojamentoque às excelentes unidades de quatro estrelas,acrescenta uma oferta distintiva, traduzidaem aristocráticas quintas como as da Terceirae extraordinárias casas de turismo rural, espalhadaspelas ilhas, que recuperaram para o turismoo melhor da genuína arquitectura tradicional,de que são exemplo as Adegas do Pico
 
 
Circundadas por mar, as ilhas açorianasestavam predestinadas a ser um destinofabuloso de pesca. E são. Desde a capturaem alto mar de um espadarte até à presade um pargo junto à costa, as águas doarquipélago representam o paraíso paraos entusiastas da actividade.

A pesca desportiva e lúdica pode ser praticadaem todas as ilhas. Na espectacular e frenéticapesca grossa de alto mar, apanham-se naságuas açorianas relíquias como espadarte,bonito e atum. Ocasionalmente pescam-setubarões. Devido à abundância de exemplaresrecorde de tamanho e peso, os Açorescostumam receber competições internacionaisde Big Game Fishing.Comum entre habitantes das ilhas e turistasé o entusiasmo pela pesca costeira. Sejaa partir de embarcação ou de terra, o mar é pródigo em dádivas. Na pesca de corrico(muito acarinhada em Santa Maria mediantevárias competições internas), colhe-se anchova,cavala ou barracuda, entre outras espécies.Na pesca de fundo é comum encontrar abrótea,pargo, besugo, sargo e até mero.

As costasrochosas tremendamente recortadas nãopodiam ser mais apropriadas para a pescade cana: há peixe durante todo o ano. Captura--se pargo, bicuda, anchova, congro, goraz,cavala ou moreia.Através da aquisição de uma licença de pescadesportiva, também é possível pescar nasribeiras e lagoas do arquipélago. Perante tantadiversidade de estilos e espécies, os Açoressão um local apetecível para todos os tiposde pescadores. O difícil está mesmo na escolha.

 
 Baleias nos Açores
 
Condições naturais, associadas a medidaspara a conservação da vida marinha, levama que várias espécies de cetáceos encontremnos Açores uma casa de paz e tranquilidade.Os mares do Arquipélago transformaram-senum dos melhores locais do mundo paraa observação de baleias e golfinhos.

O mar irrompe em salpicos. Vários, simultâneose alternados, aqui e ali. Primeiro longínquos,de origem imperceptível. Com a proximidade,percebe-se que as erupções da crosta de água nãoresultam de caprichos de marés. São golfinhosa exibirem-se, em saltos acrobáticos. Parecem sorrir num olá despreocupado aos humanos queos observam. Mostram que conseguemacompanhar a velocidade do barco, ora coma barbatana dorsal a rasgar a água, ora submersoscom movimentos enérgicos da barbatana caudal.

Ao longe, novamente, uma turbulência no mar sob aspecto de esguicho de água. E o vislumbrede uma cabeça agigantada, apesar da distância,a subir à tona e a regressar ao fundo. Culminao quadro com uma barbatana colossal, elevadano ar. Apetece cristalizar o passar dos segundose a rotação da Terra. Um clique imortalizao momento. E a baleia pode prosseguir pacificamente o seu trajecto.O mar dos Açores é hoje em dia um lugar sagradopara os cetáceos. Cerca de um terço das espéciesexistentes no mundo circula pelas águasdo Arquipélago. Nas migrações entre as altase baixas latitudes, algumas baleias traçam rota comparagem nesta casa aquática.

O cachalote, outroracaçado numa epopeia de homens corajosos queforjaram o povoamento e subsistência de algumasilhas, é o símbolo da fauna marinha açoriana.Comum durante o ano inteiro, representa o tipode espécies que frequentam grandes profundidadesna proximidade da costa. A abundância de alimentoagrada aos inquilinos marinhos.

24 espécies identificadas

O cachalote destaca-se pela cabeça achatada.Os machos medem entre os 11 e os 18 metrose pesam entre 20 a 50 toneladas. Recordistasde mergulho, podem submergir até aos três milmetros. Além deste simpático e característicoanimal, avistam-se continuamente nos maresaçorianos o golfinho comum (o culpado pelos saltosfora de água), o roaz (de bico pontiagudo)e o grampo (delfinídeo de coloração esbranquiçada).No Verão juntam-se ao grupo o golfinho pintado,o golfinho riscado e a baleia-piloto-tropical.A listagem já chegaria para atrair os novoscaçadores do milénio, cujas capturas são feitasem artes fotográficas e, melhor que isso,de experiências únicas de contacto com estesfabulosos mamíferos. Mas o manancial açorianoainda não esgotou.

Durante a Primaveraé frequente a afluência da baleia-comum,caracterizada pelo lábio e barbas do lado direitobrancos, e da baleia-sardinheira, com manchasovais esbranquiçadas no dorso cinzento escuro.Ambas impressionam pelas dimensões, que podem chegar até aos 20 metros no casoda baleia-comum.O cume do assombro está no entanto reservadopela baleia-azul. Maior cetáceo e animal do mundo,mede entre 24 a 27 metros e pesa mais de 100toneladas. Este bom gigante de corpo azulado commanchas circulares mais claras, mostra-se durantea estação primaveril. Consegue permanecer imerso até 30 minutos. 


Turismo em Portugal

Explora restaurantes museus hoteis e muito mais em Portugal