Tem mais de 7 mil anos é um dos locais com vestígios do homem mais antigos do planeta fica em Portugal


Nos arredores de Évora, e pelo Alentejo Central, existem imensos monumentos megalíticos. Esta riqueza da pré-história no Alentejo é das mais importantes da Península Ibérica e mesmo da Europa. Por isso, faz sentido falar dum circuito megalítico em Évora e considerar a cidade como capital do megalitismo Ibérico.

 

O Cromeleque dos Almendres é o maior círculo de menires em Portugal e na Península Ibérica. Constituído por 95 monólitos, ou menires, e remontando ao milénio VI a.C., é o mais importante monumento megalítico do seu tipo na Península Ibérica e um dos mais relevantes da Europa.


É um Imóvel de Interesse Público desde 1974, e Monumento Nacional desde 2015.
O cromeleque localiza-se próximo ao topo de uma encosta suave, voltada a leste, num monte de 413 metros de altitude, a cerca de 12 km a oeste da cidade de Évora. O conjunto dissemina-se por uma vasta área de c. 70X40 metros nas extensões máximas, com orientação axial NO. - SE. Está alinhado de modo a que os seus eixos imaginários coincidam com os eixos dos pontos cardeais, e com os solstícios e equinócios.








A primeira fase de formação do cromeleque dos Almendres ter-se-á dado no final do Neolítico Antigo, milénio VI a.C., quando se levantou um conjunto de monólitos de menor tamanho, em três círculos concêntricos;
No Neolítico Médio, durante o quinto e quarto milénios a.C., foi acrescentado um novo recinto a oeste da construção, na forma de duas elipses concêntricas;

 

 
 
 
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A terceira e última fase de construção terá ocorrido no Neolítico Final, no milénio III a.C. As disposições dos monólitos foram alteradas, de modo a que o recinto menor se tornasse um átrio maior.
No Calcolítico o conjunto deixou de ser utilizado.


Os 95 menires que constituem este monumento foram talhados em diferentes tipos de quartzodioritos, apresentam morfologias muito variadas (subparalelepipédicas, cilíndricas, ovoides ou estelares) e comprimentos que oscilam entre os 1,30 m e os 3,0 m, com predomínio para os elementos de pequena e média dimensão. Um conjunto de cerca de 10 menires foram decorados com diferentes motivos, nomeadamente covinhas, báculos, formas geométricas circulares, retangulares e trapezoidais, linhas ondulantes, serpentiformes e representações antropomórficas, em alguns casos com indicação explícita do género.




 
 
 
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Há indícios de que o cromeleque tenha sido usado como lugar de culto pagão, além de observatório astronómico.

Depois de dormir tranquilamente num hotel em Évora, não deixe de dar um passeio pelos campos dos arredores e descobrir alguns dos monumentos mais antigos da Europa, até ao Neolítico antigo (5500-4500 a.C.)

 

 
 
 
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Só no distrito de Évora, são conhecidos mais de dez recintos megalíticos, mais de cem menires isolados, cerca de oitocentas antas e perto de quatrocentas e cinquenta povoações megalíticas. Para além destes, existem cerca de cem pedras com covinhas, cuja funcionalidade é ainda um mistério

 

 
 
 
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Porquê tantos monumentos megalíticos em Évora?

O tamanho e o número de monumentos megalíticos em Évora estão associados ao facto desta região ser o único lugar em que se tocam as bacias hidrográficas do Tejo, Sado e Guadiana, os maiores rios do sul de Portugal. Era, por essa razão, um ponto essencial de passagem

 

 
 
 
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Os monumentos megalíticos (ou seja, feitos de grandes pedras) surgem, então, na região de Évora porque as planícies alentejanas eram perfeitas para as últimas comunidades de caçadores-recoletores aí praticarem o seu modo de vida.

 

 
 
 
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Mas a localização dos monumentos pré-históricos, como o Cromeleque dos Almendres, foi escolhida não só em função da rede hidrográfica. Ela teve em conta fenómenos astronómicos relacionados com a movimentação anual do Sol e da Lua

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